DOENÇA LINFOPROLIFERATIVA PÓS-TRANSPLANTE EM TONSILAS PALATINAS: RELATO DE CASO E REVISÃO DE LITERATURA

Objetivos: Enfatizar a importância do exame otorrinolaringológico e da biópsia de amígdalas no tratamento dessa doença potencialmente fatal. Métodos: Avaliamos, com base em ferramentas de busca do PubMed e do Google Scholar, estudos sobre Doença Linfoproliferativa Pós-transplante (DLPT), tendo sido...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Marcela Silva Lima, Helena Maria Gonçalves Becker, Isamara Simas de Oliveira, Danilo Santana Rodrigues, Letícia Paiva Franco, Flávio Barbosa Nunes
Format: Article
Language:English
Published: Associação Brasileira de Transplante de Órgãos 2013-03-01
Series:Brazilian Journal of Transplantation
Subjects:
Online Access:https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/161
Description
Summary:Objetivos: Enfatizar a importância do exame otorrinolaringológico e da biópsia de amígdalas no tratamento dessa doença potencialmente fatal. Métodos: Avaliamos, com base em ferramentas de busca do PubMed e do Google Scholar, estudos sobre Doença Linfoproliferativa Pós-transplante (DLPT), tendo sido selecionados dados internacionais de 19 diferentes estudos. Discussão: DLPT é uma complicação rara, porém potencialmente fatal após transplante de órgãos sólidos. O risco de DLPT varia com a idade do receptor, a soropositividade do doador e receptor do orgão para o vírus Epstein-Barr, o tipo de órgão transplantado e a intensidade da imunossupressão. Neste relato de caso, o paciente era jovem, do gênero masculino, submetido a transplante renal um ano antes do aparecimento dos sintomas nas amígdalas. O diagnóstico raro de DLPT nas amígdalas pode estar associado à sua não realização precoce. Quando os fatores de risco e o aspecto das amígdalas são considerados e a biópsia destas realizada, o tratamento é realizado com boa e rápida resposta. DLPT pode ser tratada com sucesso na maioria dos pacientes através da diminuição da dose de imunossupressores e da administração de agentes antivirais. Conclusão: A apresentação da DLPT tonsilar é raramente descrita na literatura e o conhecimento a respeito da evolução clínica, manifestações histológicas ou fatores prognósticos ainda é limitado. Assim, nos pacientes pós-transplante esse diagnóstico deve ser lembrado e tratado o mais precocemente possível. Alguns autores recomendam rotineiramente avaliação otorrinolaringológica periódica desses pacientes.
ISSN:2764-1589