Plantas medicinais utilizadas pela população do município de Lagarto- SE, Brasil – ênfase em pacientes oncológicos

RESUMO A utilização de plantas com fins medicinais é uma das mais antigas formas de prática medicinal da humanidade. Entretanto, o conceito de “natural” contribui para o pensamento popular e errôneo de que Plantas Medicinais (PM) são sinônimos de produtos seguros, o qual pode ocasionar no desenvolvi...

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Bibliographic Details
Main Authors: N.L.B. CAETANO, T.F. FERREIRA, M.R.O. REIS, G.G.A. NEO, A.A. CARVALHO
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Estadual Paulista 2015-01-01
Series:Revista Brasileira de Plantas Medicinais
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-05722015000500748&lng=en&tlng=en
Description
Summary:RESUMO A utilização de plantas com fins medicinais é uma das mais antigas formas de prática medicinal da humanidade. Entretanto, o conceito de “natural” contribui para o pensamento popular e errôneo de que Plantas Medicinais (PM) são sinônimos de produtos seguros, o qual pode ocasionar no desenvolvimento de efeitos adversos ou interações medicamentosas. Neste contexto, foi realizado levantamento etnofarmacológico das Plantas Medicinais (PM) utilizadas no município de Lagarto, SE, Brasil, com ênfase de seu uso por pacientes oncológicos. Um total de 706 moradores foram entrevistados. Foram citadas 80 plantas, das quais 57 foram identificadas em nosso laboratório. O uso de plantas medicinais (MP) para fins terapêuticos foi relatada por 336 (47,65%) entrevistados. As MPs mais utilizados foram: Erva-Cidreira (Lippiaalba (Mill) N. E. Brown - 103, 30,8%), Boldo (Plectranthus barbatus Andr. - 53, 15,7%), e Capim-Santo (Cymbopogon citratus (D.C.) Stapf - 49, 14,6%). Dos entrevistados que relataram o uso de MPs, metade (360, 50,95%) comunicaram ao médico, mas não receberam orientações específicas. As doenças crônicas mais comuns identificadas foram: hipertensão arterial (144, 20,34%), câncer (55, 7,81%) e diabetes (41, 5,89%). Dos pacientes com câncer, cerca de 40% (22) relataram utilizar PMs concomitante com quimioterapia, dado alarmante, visto a possibilidade de interações medicamentosas entre PMs e antineoplásicos. Diante desses dados, foi observado o uso de PM pela população de Lagarto, SE, e por pacientes oncológicos dessa região, porém, sem os mesmos receberem orientações de um profissional qualificado.
ISSN:1983-084X