Feitiço e fetiche no Atlântico moderno

Nesse artigo proponho descrever o processo histórico no qual o discurso da fetiçaria e o feitiço se transformou no discurso do fetichismo. Primeiro, vamos analisar o discurso da feitiçaria no mundo lusófono. Depois, vamos contrastar esse discurso com a formação da Mandinga, termo africano que gerou...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Roger Sansi
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de São Paulo (USP) 2008-01-01
Series:Revista de Antropologia
Subjects:
Online Access:http://www.revistas.usp.br/ra/article/view/27303
Description
Summary:Nesse artigo proponho descrever o processo histórico no qual o discurso da fetiçaria e o feitiço se transformou no discurso do fetichismo. Primeiro, vamos analisar o discurso da feitiçaria no mundo lusófono. Depois, vamos contrastar esse discurso com a formação da Mandinga, termo africano que gerou uma forma de feitiçaria extremamente popular no Atlântico lusófono no século XVIII. Depois veremos como o termo português feitiço se transformou no discurso do fetiche, e do fetichismo, na África Ocidental. Apresentando as transformações do discurso da feitiçaria no Atlântico, a minha proposta é tentar superar as descrições da história atlântica em termos de diáspora, separando a África como origem e lugar do passado, em oposição às Américas, ou ao Brasil, como lugar do presente e da recriação.
ISSN:0034-7701
1678-9857