Importância da proteína C-reativa no diagnóstico e no prognóstico intra-hospitalar em pacientes com dor torácica na sala de emergência C-reactive protein diagnostic and prognostic value in patients presenting at the emergency room with chest pain

OBJETIVO: Testar os valores diagnóstico e prognóstico imediatos da proteína C-reativa (PCR) nos pacientes admitidos na sala de emergência (SE) com dor torácica (DT) e sem elevação do segmento ST no eletrocardiograma (ECG). MÉTODOS: De janeiro de 2002 a dezembro de 2003, 980 pacientes consecutivos fo...

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Main Authors: Alfredo Antonio Potsch, Aristarco Gonçalves Siqueira Filho, Bernardo Rangel Tura, Roberto Gamarski, Roberto Bassan, Mônica Viegas Nogueira, Marco Aurélio E. Moutinho, Antônio Cláudio Masetto Silva, Humberto Villacorta, Augusta Leite Campos
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) 2006-09-01
Series:Arquivos Brasileiros de Cardiologia
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description OBJETIVO: Testar os valores diagnóstico e prognóstico imediatos da proteína C-reativa (PCR) nos pacientes admitidos na sala de emergência (SE) com dor torácica (DT) e sem elevação do segmento ST no eletrocardiograma (ECG). MÉTODOS: De janeiro de 2002 a dezembro de 2003, 980 pacientes consecutivos foram atendidos com DT suspeita de síndrome coronariana aguda na SE (idade = 64,9 ± 14,3 anos, homens = 55%, diabéticos = 18%, ECG normal = 84%). Dosou-se a PCR na admissão, a creatinofosfoquinase MB fração massa (CKMB) e a troponina I seriadas, além de se registrar ECG seriados. As medidas da PCR foram padronizadas (PCR-p) pelo valor do limite superior da normalidade (LSN) do teste utilizado (3,0 mg/L para a PCR de alta sensibilidade-PCR-AS e 0,1 mg/dl para PCR titulada-PCR-t). RESULTADOS: Foi diagnosticado infarto agudo do miocárdio (IAM) em 125 pacientes, e seus valores para a PCR-p foram 1,31 ± 2,90 (mediana = 0,47) versus 0,79 ± 1,39 (0,30) nos sem IAM (p = 0,031). A PCR-p > 1,0 apresentou sensibilidade de 30%, especificidade de 80,4%, valores preditivos positivo e negativo de 6,1% e de 96,7%, para o diagnóstico de IAM. Houve quarenta eventos cardíacos intra-hospitalares (óbitos = dezesseis, revascularizações de urgência = 22, IAM = dois). No 1º quartil da PCR-p (< 0,10) registraram-se três eventos, enquanto no 4º quartil (> 0,93) ocorreram quinze eventos (p = 0,003). Na regressão logística foram preditores independentes para eventos cardíacos a insuficiência ventricular esquerda, o sexo masculino e a PCR-p > 0,32, com razão de chances de 7,6, 2,8 e 2,2, respectivamente. CONCLUSÃO: Nos pacientes atendidos com DT na SE, a PCR-p: 1) Não foi um bom marcador de IAM, apesar de um valor normal praticamente afastar esse diagnóstico; 2) Um valor superior a um terço do seu limite superior da normalidade (LSN) (>1 mg/L da PCR-AS ou >0,33 mg/dl da PCR-t) foi preditor de eventos cardíacos adversos intra-hospitalares.<br>OBJECTIVE: To test immediate diagnostic and prognostic values of C-reactive protein (CRP) in patients admitted to the emergency room (ER) with chest pain (CP) without ST-segment elevation on the electrocardiogram (ECG). METHODS: From January 2002 to December 2003, 980 patients were consecutively seen in the ER with CP suggestive of acute coronary syndrome (ACS) (age = 64.9 ± 14.3, men = 55%, diabetic = 18%, normal ECG = 84%). Serial CRP, creatine kinase MB mass (CKMB-mass) and troponin I determinations were performed on admission, in addition to serial ECG. CRP measurements were standardized (s-CRP) by the upper limit of normal (ULN) of the test used (3.0 mg/L for high-sensitivity C-reactive protein [hs-CRP] and 0.1 mg/dL for titrated CRP [t-CRP]). RESULTS: One hundred and twenty-five patients were diagnosed with acute myocardial infarction (AMI), and their s-CRP values were 1.31 ± 2.90 (median = 0.47) compared to 0.79 ± 1.39 (0.30) in no-AMI patients (p = 0.031). The s-CRP > 1.0 showed 30% sensitivity and 80% specificity, plus negative and positive predictive values of 6.1% and 96.7%, respectively, for AMI diagnosis. There were forty in-hospital cardiac events (16 deaths, 22 urgent revascularizations, and 2 acute myocardial infarction). In the first quartile of the s-CRP (< 0.10), three events were recorded, while in the fourth quartile (> 0.93) 15 events (p = 0.003) occurred. In the logistic regression model, masculine gender and s-CRP > 0.32 (odds ratio 7.6, 2.8 and 2.2, respectively) were independent predictors of cardiac events and left ventricular failure. CONCLUSION: In patients with chest pain presenting at the emergency room, s-CRP was not a good marker of AMI, although this diagnosis is virtually excluded by a normal value; in addition, values one-third above the upper limit of normal (>1 mg/L for hs-CRP or >0.33 mg/dL for t-CRP) were predictive of in-hospital adverse cardiac events.
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Arquivos Brasileiros de Cardiologia
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