ANÁLISE DO PERFIL DE PACIENTES SUBMETIDOS A SANGRIA TERAPÊUTICA REALIZADO PELA AGÊNCIA TRANSFUSIONAL DE UM HOSPITAL PRIVADO DA CIDADE VOLTA REDONDA/RJ

Objetivo: O estudo teve como objetivo analisar o perfil dos pacientes submetidos a sangria terapêutica realizados pela agência transfusional de um hospital privado da cidade do Volta Redonda no ano de 2022. Materiais e métodos: Trata-se de uma pesquisa de abordagem descritiva e quantitativa, obtidos...

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Bibliographic Details
Main Author: CB Morato
Format: Article
Language:English
Published: Elsevier 2023-10-01
Series:Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Online Access:http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2531137923002924
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description Objetivo: O estudo teve como objetivo analisar o perfil dos pacientes submetidos a sangria terapêutica realizados pela agência transfusional de um hospital privado da cidade do Volta Redonda no ano de 2022. Materiais e métodos: Trata-se de uma pesquisa de abordagem descritiva e quantitativa, obtidos através de análises do TDSA Sistemas. O presente estudo refere-se a um trabalho descritivo e retrospectivo dos indivíduos submetidos a sangria terapêutica no GSH CORP Participações S.A, de 01 de janeiro de 2022 a 31 de dezembro de 2022. Foram analisados sexo, idade, volume retirado e indicação clínica dos indivíduos. Resultados: No período analisado foram realizadas 140 sangrias terapêuticas com predominância do sexo masculino, representados por 90%. A faixa de idade predominante foi de indivíduos de 40 a 60 anos (68%), seguido de 20 a 40 anos (17%) e acima de 60 anos (15%). Nas indicações clínicas, hemocromatose foi a frequente com 74%, seguido de Policitemia com 19% e Poliglobulia com 7%. Os pacientes de repetição foram representados por 12%, realizando em média de 04 a 05 sessões com intervalos de 7 a 15 dias, retirando de 450 a 500 mL de sangue em cada sessão. Nas intercorrências, hipotensão e lipotimia representaram <10% não sendo necessário prescrição de reposição e liberados após avaliação médica. Discussão: A sangria terapêutica é um procedimento similar a doação de sangue, com a diferença que o sangue é desprezado após a coleta e tem finalidade de reduzir alguns sinais e sintomas de diversas doenças. Pode ser realizada regularmente ou de forma esporádica. A indicação, volume a ser retirado e a frequência são definidos pelo médico assistente em conjunto com o hematologista, sempre considerando o diagnóstico, os testes laboratoriais, os sintomas e eventuais reações adversas em sangrias anteriores. Apesar de ser um procedimento simples e seguro, eventualmente o paciente pode manifestar reações adversar devido a redução transitória do seu volume sanguíneo, podendo também apresentar hematomas no braço, reações vaso vagais, fadiga, hipotensão, lipotimia e prostração. O termo de consentimento informado é aplicado ao paciente submetido a sangria terapêutica, esclarecendo-o sobre os benefícios e riscos inerentes ao procedimento. Conclusão: No período analisado de 2022 foram realizadas 140 sangrias terapêuticas, média de 12 sangrias/mês com predominância do sexo masculino, idade de 40 a 60 anos, sendo hemocromatose o maior índice de indicação clínica. Em pacientes jovens a indicação da sangria terapêutica é associada em maior parte à reposição hormonal para ganho de massa muscular. A reposição hormonal masculina é um tratamento baseado na reposição sintética da testosterona que pode decair por diversos fatores, como obesidade, problemas de saúde, estresse psicológico e andropausa e com essa queda nos níveis de testosterona os homens costumam apresentar diminuição da libido, ganho de peso, insônia, calvície, irritabilidade, perda de massa muscular e óssea. O uso da testosterona em doses acima do normal pode desencadear o aumento da contagem de glóbulos vermelhos levando o indivíduo a problemas cardiovasculares e nesses casos a sangria terapêutica é o tratamento mais indicado.
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