Dois Tipos de Experimentação: Onde bypasses institucionais se encaixam?

O conceito de experimentação está em voga em discussões sobre desenho institucional. Entretanto, este conceito apresenta uma importante ambiguidade, enfatizada no trabalho de Mariana Prado e Michael Trebilcock sobre bypasses institucionais. Os autores definem bypass como uma espécie de reforma inst...

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Main Author: Kevin E. Davis
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal do Rio de Janeiro 2020-12-01
Series:Revista de Estudos Institucionais
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Online Access:https://www.estudosinstitucionais.com/REI/article/view/543
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spelling doaj.art-671c7fcc94e14252bd46899f42f937392023-01-07T23:06:07ZengUniversidade Federal do Rio de JaneiroRevista de Estudos Institucionais2447-54672020-12-0163236Dois Tipos de Experimentação: Onde bypasses institucionais se encaixam?Kevin E. Davis0Beller Family Professor of Business Law, New York University School of Law O conceito de experimentação está em voga em discussões sobre desenho institucional. Entretanto, este conceito apresenta uma importante ambiguidade, enfatizada no trabalho de Mariana Prado e Michael Trebilcock sobre bypasses institucionais. Os autores definem bypass como uma espécie de reforma institucional baseada na criação de uma instituição à parte que opera em paralelo e executa as mesmas funções da instituição original (Prado e Trebilcock 2019, 6–7). Assim, os autores conceituam bypasses como modos de criar possibilidades para experimentação. Ao mesmo tempo, Prado e Trebilcock diferenciam bypasses institucionais de estudos randomizados controlados ou randomização, um dos tipos mais conhecidos de experimentação (2019, 10–11). Ao fazer tal distinção eles destacam o fato de que a literatura sobre experimentação em desenho institucional cobre, no mínimo, duas diferentes concepções de experimentação. Parte dos trabalhos utiliza ‘experimentação’ como randomização; outra parte utiliza experimentação como processos mais abertos, associados à governança experimental. Este breve ensaio aborda a distinção entre esses dois tipos de experimentação, argumentando que bypasses institucionais normalmente se encaixam mais no segundo tipo, e enfatizando que os dois tipos de experimentação possuem diferentes vantagens e desvantagens como meios de aprendizado e de reforma. https://www.estudosinstitucionais.com/REI/article/view/543bypassesdesenhos institucionaisgovernança experimental
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