O narrador no romance grego

Este trabalho propõe uma classificação das estratégias de apresentação e de representação do narrador no romance grego antigo, enfatizando três aspectos: a diversidade de soluções; como se transformam processos ensaiados em gêneros anteriores; como se avança no sentido de explicitar o caráter ficci...

Ful tanımlama

Detaylı Bibliyografya
Yazar: Jacyntho Lins Brandão
Materyal Türü: Makale
Dil:English
Baskı/Yayın Bilgisi: Universidade de Aveiro 1999-01-01
Seri Bilgileri:Ágora
Online Erişim:https://proa.ua.pt/index.php/agora/article/view/11847
_version_ 1827353857847459840
author Jacyntho Lins Brandão
author_facet Jacyntho Lins Brandão
author_sort Jacyntho Lins Brandão
collection DOAJ
description Este trabalho propõe uma classificação das estratégias de apresentação e de representação do narrador no romance grego antigo, enfatizando três aspectos: a diversidade de soluções; como se transformam processos ensaiados em gêneros anteriores; como se avança no sentido de explicitar o caráter ficcional do texto, entendido o romance como uma narrativa de ficção em prosa. De início, são abordadas as fórmulas de apresentação do narrador, desenvolvidas sobretudo a partir dos títulos, proêmios e epílogos dos historiadores, as quais constituem uma espécie de nível zero de representação, uma vez que não distinguem o narrador do autor (nesta categoria classificam-se os narradores de As Efesíacas, Quéreas e Calírroe, Dáfnis e Cloé e, talvez, também de As Babilônicas; num primeiro nível, é o que se observa ainda em As Etiópicas). Em seguida abordam-se as estratégias de representação propriamente dita, comportanto os seguintes tipos: 1) as personagens narradoras que, de acordo com o modelo homérico, se responsabilizam por narrativas enquadradas, controladas pelo narrador principal, identificado com o autor (cujos principais exemplos estariam em As Etiópicas e As coisas incríveis além da Tule); 2) o narrador representado, cuja narrativa extrapola o enquadramento inicial, desenrolando-se autonomamente (o que se encontra em Leucipe e Clitofonte); 3) o narrador-personagem, cuja narrativa, em primeira pessoa, se apresenta diretamente ao leitor sem qualquer tipo de enquadramento, não estabelecendo distinções entre narrador e personagem (como acontece em Lúcio ou o asno), ou mesmo entre autor, narrador e personagem (como em Das narrativas verdadeiras).
first_indexed 2024-03-08T03:34:12Z
format Article
id doaj.art-67386425f4784a0b8250bd279dccc49c
institution Directory Open Access Journal
issn 0874-5498
2183-4334
language English
last_indexed 2024-03-08T03:34:12Z
publishDate 1999-01-01
publisher Universidade de Aveiro
record_format Article
series Ágora
spelling doaj.art-67386425f4784a0b8250bd279dccc49c2024-02-10T06:07:34ZengUniversidade de AveiroÁgora0874-54982183-43341999-01-01110.34624/agora.v0i1.11847O narrador no romance gregoJacyntho Lins Brandão0Universidade de Aveiro; Universidade Federal de Minas Gerais Este trabalho propõe uma classificação das estratégias de apresentação e de representação do narrador no romance grego antigo, enfatizando três aspectos: a diversidade de soluções; como se transformam processos ensaiados em gêneros anteriores; como se avança no sentido de explicitar o caráter ficcional do texto, entendido o romance como uma narrativa de ficção em prosa. De início, são abordadas as fórmulas de apresentação do narrador, desenvolvidas sobretudo a partir dos títulos, proêmios e epílogos dos historiadores, as quais constituem uma espécie de nível zero de representação, uma vez que não distinguem o narrador do autor (nesta categoria classificam-se os narradores de As Efesíacas, Quéreas e Calírroe, Dáfnis e Cloé e, talvez, também de As Babilônicas; num primeiro nível, é o que se observa ainda em As Etiópicas). Em seguida abordam-se as estratégias de representação propriamente dita, comportanto os seguintes tipos: 1) as personagens narradoras que, de acordo com o modelo homérico, se responsabilizam por narrativas enquadradas, controladas pelo narrador principal, identificado com o autor (cujos principais exemplos estariam em As Etiópicas e As coisas incríveis além da Tule); 2) o narrador representado, cuja narrativa extrapola o enquadramento inicial, desenrolando-se autonomamente (o que se encontra em Leucipe e Clitofonte); 3) o narrador-personagem, cuja narrativa, em primeira pessoa, se apresenta diretamente ao leitor sem qualquer tipo de enquadramento, não estabelecendo distinções entre narrador e personagem (como acontece em Lúcio ou o asno), ou mesmo entre autor, narrador e personagem (como em Das narrativas verdadeiras). https://proa.ua.pt/index.php/agora/article/view/11847
spellingShingle Jacyntho Lins Brandão
O narrador no romance grego
Ágora
title O narrador no romance grego
title_full O narrador no romance grego
title_fullStr O narrador no romance grego
title_full_unstemmed O narrador no romance grego
title_short O narrador no romance grego
title_sort o narrador no romance grego
url https://proa.ua.pt/index.php/agora/article/view/11847
work_keys_str_mv AT jacyntholinsbrandao onarradornoromancegrego