Operacionalização para Portugal da Lista EU(7)-PIM para Identificação de Medicamentos Potencialmente Inapropriados nos Idosos
Introdução: Em 2015 foi publicada a lista EU(7)-PIM, que identifica medicamentos potencialmente inapropriados na população idosa e resultou de um consenso de peritos de sete países europeus. Portugal não fez parte deste grupo, pelo que na sua origem não foi adaptada para a realidade portuguesa. Com...
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| Published: |
Ordem dos Médicos
2021-03-01
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| Series: | Acta Médica Portuguesa |
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| author | Daniela A. Rodrigues Maria T. Herdeiro Petra A. Thürmann Adolfo Figueiras Paula Coutinho Fátima Roque |
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Introdução: Em 2015 foi publicada a lista EU(7)-PIM, que identifica medicamentos potencialmente inapropriados na população idosa e resultou de um consenso de peritos de sete países europeus. Portugal não fez parte deste grupo, pelo que na sua origem não foi adaptada para a realidade portuguesa. Com este trabalho pretendemos elaborar uma lista de medicamentos potencialmente inapropriados adaptada à realidade dos medicamentos comercializados em Portugal, através da operacionalização da lista EU(7)-PIM para a realidade nacional, avaliar a adequabilidade do seu uso na prática clínica.
Material e Métodos: Pesquisa, na base de dados Infomed do INFARMED, dos medicamentos incluídos na lista EU(7)-PIM que apresentam autorização de introdução no mercado, e análise de possíveis novos medicamentos para inclusão na lista. A ferramenta adaptada para a realidade Portuguesa foi aplicada a uma amostra de 1089 idosos polimedicados não institucionalizados, utentes de 38 unidades de cuidados de saúde primários da região centro.
Resultados: A lista final adaptada para a realidade portuguesa inclui 184 medicamentos potencialmente inapropriados (dos quais 178 são substâncias ativas, cinco são classes de medicamentos e um corresponde ao esquema terapêutico sliding scale usado nas insulinas). Dos 1089 idosos polimedicados, 83,7% tomavam pelo menos um fármaco incluído na lista final de medicamentos potencialmente inapropriados ou pertencente a um dos grupos incluídos na lista e, em média, cada doente tomava 1,74 (IQR 1 – 2).
Discussão: Apesar da disponibilidade de fármacos no mercado ser bastante diversa, a lista EU(7)-PIM tem sido utilizada em vários países europeus. Com este estudo operacionalizamos a lista europeia para a realidade portuguesa, facilitando assim a sua aplicação na prática clínica.
Conclusão: A lista elaborada apresenta-se como uma ferramenta útil para a identificação de medicamentos potencialmente inapropriados, de fácil utilização na prática clínica e em investigação.
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| spelling | doaj.art-6739f0a7ca6246b3b05b8809e636310f2022-12-22T04:07:48ZengOrdem dos MédicosActa Médica Portuguesa0870-399X1646-07582021-03-0134310.20344/amp.136185290Operacionalização para Portugal da Lista EU(7)-PIM para Identificação de Medicamentos Potencialmente Inapropriados nos IdososDaniela A. Rodrigues0Maria T. Herdeiro1Petra A. Thürmann2Adolfo Figueiras3Paula Coutinho4Fátima Roque5Unidade de Investigação para o Desenvolvimento do Interior. Instituto Politécnico da Guarda (UDI-IPG). Guarda.Departamento de Ciências Médicas e Instituto de Biomedicina. Universidade de Aveiro (iBIMED-UA). Aveiro.Department of Clinical Pharmacology. Helios University Hospital Wuppertal. University Witten/Herdecke. Wuppertal.Centro de Investigación Biomédica en Red de Epidemiología y Salud Pública (CIBER-ESP). Santiago de Compostela. Espanha.Unidade de Investigação para o Desenvolvimento do Interior. Instituto Politécnico da Guarda (UDI-IPG). Guarda. Centro de Investigação em Ciências da Saúde. Universidade da Beira Interior (CICS-UBI). Covilhã.Unidade de Investigação para o Desenvolvimento do Interior. Instituto Politécnico da Guarda (UDI-IPG). Guarda. Centro de Investigação em Ciências da Saúde. Universidade da Beira Interior (CICS-UBI). Covilhã. Introdução: Em 2015 foi publicada a lista EU(7)-PIM, que identifica medicamentos potencialmente inapropriados na população idosa e resultou de um consenso de peritos de sete países europeus. Portugal não fez parte deste grupo, pelo que na sua origem não foi adaptada para a realidade portuguesa. Com este trabalho pretendemos elaborar uma lista de medicamentos potencialmente inapropriados adaptada à realidade dos medicamentos comercializados em Portugal, através da operacionalização da lista EU(7)-PIM para a realidade nacional, avaliar a adequabilidade do seu uso na prática clínica. Material e Métodos: Pesquisa, na base de dados Infomed do INFARMED, dos medicamentos incluídos na lista EU(7)-PIM que apresentam autorização de introdução no mercado, e análise de possíveis novos medicamentos para inclusão na lista. A ferramenta adaptada para a realidade Portuguesa foi aplicada a uma amostra de 1089 idosos polimedicados não institucionalizados, utentes de 38 unidades de cuidados de saúde primários da região centro. Resultados: A lista final adaptada para a realidade portuguesa inclui 184 medicamentos potencialmente inapropriados (dos quais 178 são substâncias ativas, cinco são classes de medicamentos e um corresponde ao esquema terapêutico sliding scale usado nas insulinas). Dos 1089 idosos polimedicados, 83,7% tomavam pelo menos um fármaco incluído na lista final de medicamentos potencialmente inapropriados ou pertencente a um dos grupos incluídos na lista e, em média, cada doente tomava 1,74 (IQR 1 – 2). Discussão: Apesar da disponibilidade de fármacos no mercado ser bastante diversa, a lista EU(7)-PIM tem sido utilizada em vários países europeus. Com este estudo operacionalizamos a lista europeia para a realidade portuguesa, facilitando assim a sua aplicação na prática clínica. Conclusão: A lista elaborada apresenta-se como uma ferramenta útil para a identificação de medicamentos potencialmente inapropriados, de fácil utilização na prática clínica e em investigação. https://actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/13618IdosoLista de Medicamentos Potencialmente InapropriadosPortugalPrescrição Inapropriada |
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