A sociedade de risco e a confiança nas relações de consumo

Nossa atual sociedade pode ser caracterizada como uma sociedade de risco, resultantedos avanços da era industrial, da modernização da informação e da complexibilizaçãodos processos de tomada de decisões. Analisar riscos significa problematizar o futuro,razão pela qual se faz necessária a consideraçã...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Andreza Cristina Baggio
Format: Article
Language:English
Published: Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Programa de Pós-Graduação em Direito 2010-01-01
Series:Revista de Direito Econômico e Socioambiental
Subjects:
Online Access:https://periodicos.pucpr.br/index.php/direitoeconomico/article/view/6248
Description
Summary:Nossa atual sociedade pode ser caracterizada como uma sociedade de risco, resultantedos avanços da era industrial, da modernização da informação e da complexibilizaçãodos processos de tomada de decisões. Analisar riscos significa problematizar o futuro,razão pela qual se faz necessária a consideração de suas consequências sociais. O que sepropõe neste trabalho é analisar o risco, sob o ponto de vista das relações de consumo.Desde o século XX, a sociedade está organizada a partir do fenômeno mundial das relaçõesde consumo, massificada pelo crescente aumento de oferta de produtos e serviços,sendo o risco incorporado ao próprio modo de ser da sociedade pós-moderna e, pois,intimamente relacionado ao desenvolvimento da ciência, da tecnologia, e à tomada dedecisões no processo de escolha por este ou aquele bem de consumo. Somem-se a essesriscos na relação de consumo os chamados riscos de desenvolvimento e a formação dasredes de fornecedores, que buscam diminuir os riscos de suas atividades, transferindo-os aos consumidores. Tais situações deixam latente a vulnerabilidade do consumidor e reforçama necessidade de tutela das legítimas expectativas deste nas relações de consumo.Essa tutela se faz por meio da proteção à lealdade, à boa-fé e, principalmente, à confiançadepositada pelo consumidor na relação com o fornecedor. A confiança, portanto,deve ser vista pelo fornecedor como elemento valorativo dentro da estrutura empresarial,ganhando força de verdadeiro instrumento preventivo da proteção ao consumidor nasociedade de risco.
ISSN:2179-345X
2179-8214