Percepções de gestores, profissionais e usuários acerca do registro eletrônico de saúde e de aspectos facilitadores e barreiras para a sua implementação

Resumo: A concepção e a implementação de tecnologias complexas, como o registro eletrônico de saúde (RES), envolvem tanto aspectos técnicos quanto questões pessoais, sociais e organizacionais. Há no cenário brasileiro público e privado diferentes iniciativas locais e regionais de implementação de RE...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Jose Felipe Riani Costa, Margareth Crisóstomo Portela
Format: Article
Language:English
Published: Escola Nacional de Saúde Pública, Fundação Oswaldo Cruz 2018-02-01
Series:Cadernos de Saúde Pública
Subjects:
Online Access:http://www.scielosp.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X2018000105016&lng=en&tlng=en
Description
Summary:Resumo: A concepção e a implementação de tecnologias complexas, como o registro eletrônico de saúde (RES), envolvem tanto aspectos técnicos quanto questões pessoais, sociais e organizacionais. Há no cenário brasileiro público e privado diferentes iniciativas locais e regionais de implementação de RES. Existe ainda, por parte do Ministério da Saúde, a proposta de conformação de um RES nacional. O estudo aqui apresentado buscou propiciar uma visão abrangente das percepções de gestores, profissionais e usuários do sistema de saúde acerca de suas experiências com o RES e suas opiniões acerca da perspectiva de conformação de um RES nacional. Trata-se de um estudo qualitativo que envolveu a realização de 28 entrevistas semiestruturadas. Os resultados obtidos explicitaram, além da diversidade de fatores que podem influenciar a implementação do RES, a existência de confluências e de aspectos que tendem a ser valorizados de modo distinto, conforme os diferentes pontos de vista. Dentre os aspectos chave destacados nas percepções dos entrevistados, vale enfatizar as discussões acerca de atributos e do impacto do RES no cuidado de saúde, especialmente no caso dos RES de uso local; as preocupações com os custos e com o sigilo e privacidade, relativos aos RES em geral; e as possíveis implicações decorrentes da opção pela centralização ou descentralização do armazenamento das informações, no caso do RES nacional. Ficou patente nas falas dos entrevistados a necessidade de que seja estabelecida uma comunicação mais efetiva entre as partes interessadas, e que as diferentes perspectivas sejam consideradas na formulação e implementação de RES nos níveis local, regional e nacional.
ISSN:1678-4464