Rastreio de dislipidemias em crianças e adolescentes – a evidência que sustenta as recomendações

O rastreio de dislipidemias em crianças e adolescentes tem sido recentemente tema de orientações clínicas emitidas por diversas sociedades médicas, incluindo a Direção-Geral da Saúde em junho de 2013. Estas recomendações surgiram num contexto atual de aumento da prevalência da obesidade e excesso d...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Marisa Loio, Daniela de Andrade Maia
Format: Article
Language:English
Published: Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar 2014-07-01
Series:Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar
Subjects:
Online Access:https://rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/view/11352
Description
Summary:O rastreio de dislipidemias em crianças e adolescentes tem sido recentemente tema de orientações clínicas emitidas por diversas sociedades médicas, incluindo a Direção-Geral da Saúde em junho de 2013. Estas recomendações surgiram num contexto atual de aumento da prevalência da obesidade e excesso de peso em crianças. Além disso, estudos demonstram que o processo aterosclerótico pode ter início na infância e que há uma tendência para as crianças com dislipidemias manterem o perfil lipídico alterado em idade adulta. Contudo, questiona-se se o rastreio de dislipidemias em crianças está associado a diminuição do risco e da morbimortalidade cardiovasculares. O presente artigo visa rever as diferentes estratégias de rastreio propostas pelas principais sociedades médicas e analisar a evidência que sustenta estas recomendações. As normas de orientação que recomendam o rastreio de dislipidemias não se baseiam em estudos que comprovem o benefício do mesmo na diminuição do risco e da morbimortalidade cardiovasculares, pelo que a necessidade da realização do rastreio deve ser ponderada individualmente.
ISSN:2182-5181