AVALIAÇÃO DO ACOMPANHAMENTO CLÍNICO E LABORATORIAL DE PACIENTES PÓS COVID 19 DURANTE A PRIMEIRA E SEGUNDA ONDA

Introdução e objetivos: COVID-19 é uma infecção respiratória causada pelo vírus Coronavírus-2 da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS-COV-2). Dentre a população acometida por essa patologia, muitas permanecem com sintomas após a fase aguda das doenças, tais sendo chamadas de Síndrome pós-COVID. E...

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Bibliographic Details
Main Authors: Melissa Soares Medeiros, Jullie Anne Melo Albuquerque, Jade Rocha Melo, Sofia Dantas Pinto Monteiro, Erico Antonio Gomes de Arruda, Tania Mara Silva Coelho, Pablo Antero Gomes de Matos, Sarah Linhares de Aragão Rodrigues, Camila Dória Mota, Amanda Pinheiro Ibiapina, Italo Barbosa Macedo, Ana Lisandra Lopes de Farias, Matheus Rocha Diogenes Pessoa
Format: Article
Language:English
Published: Elsevier 2023-10-01
Series:Brazilian Journal of Infectious Diseases
Subjects:
Online Access:http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S1413867023001538
Description
Summary:Introdução e objetivos: COVID-19 é uma infecção respiratória causada pelo vírus Coronavírus-2 da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS-COV-2). Dentre a população acometida por essa patologia, muitas permanecem com sintomas após a fase aguda das doenças, tais sendo chamadas de Síndrome pós-COVID. Esse estudo foi desenhado com o objetivo de pacientes pós-internação por COVID-19 durante a primeira (2020) e segunda onda (2021). Métodos: Trata-se de um estudo observacional de corte transversal, em que os dados sociodemográficos foram coletados por meio de prontuários dos pacientes infectados por COVID-19 do Hospital terciário, na cidade de Fortaleza-CE, durante os anos de 2020 e 2021. Resultados: A pesquisa contou com um total 395 pacientes na primeira onda e 152 na segunda onda. Sexo masculino 215 pacientes da primeira onda (54,43%) e 107 durante a segunda onda (70,4%). Idade média da primeira onda 56,7 anos. Durante a primeira onda, 138 pacientes retornaram para consulta e os sintomas mais frequentes foram nas avaliações de 3/6/12 meses: fadiga com 23/13/3, perda de memória 3/4/0, insônia 7/5/0, ansiedade 8/4/1, depressão 6/4/0, dores articulares 5/3/0, queda de cabelo 8/5/0, dores musculares 18/4/1, evento trombótico 3/1/0, dispnéia aos médios e grandes esforços 17/5/2 e tosse 24/3/1. Dos exames laboratoriais 26/11/6 apresentavam PCR elevado, 8/6/2 com d-dimeros elevados, 25/14/3 apresentavam alteração tomográfica pulmonar e 2/3/3 com alteração ecocardiográfica. Durante a segunda onda, 101 pacientes retornaram para consulta e os sintomas mais frequentes foram nas avaliações de 3/6/12 meses: fadiga com 5/0/0, perda de memória 5/1/0, insônia 3/1/0, ansiedade 3/4/0, depressão 10/5/0, dores articulares 4/1/0, queda de cabelo 8/0/0, dores musculares 6/0/0, evento trombótico 4/1/0, dispnéia aos médios e grandes esforços 0/2/0 e tosse 12/1/0. Dos exames laboratoriais 26/11/1 apresentavam PCR elevado, 2/0/1 com d-dimeros elevados, 3/2/1 apresentavam alteração tomográfica pulmonar e 0/0/3 com alteração ecocardiográfica. Conclusão: Com base nos resultados apresentados, pode-se observar algumas diferenças entre a primeira e a segunda onda do estudo. No grupo da primeira onda, houve uma maior incidência de sintomas relatados pelos pacientes em comparação com a segunda onda. Além disso, os pacientes da primeira onda apresentaram uma maior prevalência de alterações nos exames laboratoriais, como elevação do PCR, dímeros D elevados e alterações tomográficas pulmonares
ISSN:1413-8670