Travestilidades no espaço socioeducativo: (des)patologização, monstruosidade, violência, abjeção e negação das identidades transgêneras

Este ensaio pretende tecer uma reflexão sobre as identidades trans no espaço socioeducativo. Tendo como base uma pesquisa empírica, realizada em uma unidade masculina de privação de liberdade do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (DEGASE/RJ), e tendo como aporte teórico autores/as dos Estu...

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Bibliographic Details
Main Authors: Jonas Alves da Silva Junior, Maria de Lourdes Silva, Leandro Silva
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Nove de Julho 2019-08-01
Series:Dialogia
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Online Access:https://periodicos.uninove.br/dialogia/article/view/13641
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description Este ensaio pretende tecer uma reflexão sobre as identidades trans no espaço socioeducativo. Tendo como base uma pesquisa empírica, realizada em uma unidade masculina de privação de liberdade do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (DEGASE/RJ), e tendo como aporte teórico autores/as dos Estudos Culturais/pós-estruturalistas, busca-se compreender de que maneira pessoas travestis ou transexuais circulam em espaços cuja homo/transfobia é difundida ao grau máximo. Assim, a partir da metáfora do corpo monstro/abjeto, analisamos como a socioeducação opera no sentido de não desbaratar os engessamentos de gênero e os estereótipos de masculinidade vigentes entre os adolescentes acautelados. Como resultado deste trabalho, sinaliza-se que práticas discursivas referendadas pela cisheteronormatividade determinam ao sujeito uma única forma de construção da masculinidade, que são explícita e implicitamente impostas. A presença (ou pressuposição) de sujeitos não-cisheterossexuais em instituições de privação de liberdade impulsiona subjetividades normativas reproduzidas por práticas de intolerância, medo e violências.
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issn 1677-1303
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language Portuguese
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publisher Universidade Nove de Julho
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spelling doaj.art-686eb57cbc744632a99126685253a5972024-02-28T15:30:20ZporUniversidade Nove de JulhoDialogia1677-13031983-92942019-08-013210.5585/dialogia.N32.13641Travestilidades no espaço socioeducativo: (des)patologização, monstruosidade, violência, abjeção e negação das identidades transgênerasJonas Alves da Silva Junior0https://orcid.org/0000-0002-7809-5164Maria de Lourdes Silva1https://orcid.org/0000-0003-3456-3218Leandro Silva2https://orcid.org/0000-0003-4946-4968Departamento de Educação e Sociedade - Universidade Federal Rural do Rio de JaneiroFaculdade de Educação - Universidade de São PauloUniversidade Federal Rural do Rio de Janeiro Este ensaio pretende tecer uma reflexão sobre as identidades trans no espaço socioeducativo. Tendo como base uma pesquisa empírica, realizada em uma unidade masculina de privação de liberdade do Departamento Geral de Ações Socioeducativas (DEGASE/RJ), e tendo como aporte teórico autores/as dos Estudos Culturais/pós-estruturalistas, busca-se compreender de que maneira pessoas travestis ou transexuais circulam em espaços cuja homo/transfobia é difundida ao grau máximo. Assim, a partir da metáfora do corpo monstro/abjeto, analisamos como a socioeducação opera no sentido de não desbaratar os engessamentos de gênero e os estereótipos de masculinidade vigentes entre os adolescentes acautelados. Como resultado deste trabalho, sinaliza-se que práticas discursivas referendadas pela cisheteronormatividade determinam ao sujeito uma única forma de construção da masculinidade, que são explícita e implicitamente impostas. A presença (ou pressuposição) de sujeitos não-cisheterossexuais em instituições de privação de liberdade impulsiona subjetividades normativas reproduzidas por práticas de intolerância, medo e violências. https://periodicos.uninove.br/dialogia/article/view/13641Identidades transTravestiGêneroSocioeducaçãoPrivação de liberdade
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