VIOLÊNCIA CONJUGAL. Violência conjugal. Violência física conjugal nas mulheres que recorrem aos cuidados de saúde primários

Introdução: A violência conjugal é um problema de saúde sério e complexo. É importante que os Médicos de Família compreendam a dinâmica da Violência Conjugal, dado que estes se encontram numa posição vantajosa para dirigir este problema. Objectivos: Determinar a Prevalência de Violência Física...

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Main Author: Patrícia Coelho
Format: Article
Language:English
Published: Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar 2005-07-01
Series:Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar
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description Introdução: A violência conjugal é um problema de saúde sério e complexo. É importante que os Médicos de Família compreendam a dinâmica da Violência Conjugal, dado que estes se encontram numa posição vantajosa para dirigir este problema. Objectivos: Determinar a Prevalência de Violência Física Conjugal (VFC) em mulheres portuguesas. Caracterizar a VFC. Investigar associação entre VFC, factores socio-familiares e características do companheiro. Metodologia: Estudo observacional, analítico transversal, realizado na Unidade de Saúde Familiar Horizonte, Matosinhos, Portugal. População de Estudo: Mulheres nascidas entre 1948 e 1978, inscritas na USF Horizonte. Aplicou-se questionário anónimo de auto-preenchimento numa amostra aleatória de 500 mulheres. Determinou-se a Prevalência de VFC. Estudou-se a associação entre VFC e Idade da mulher, Classe social, Estado civil, Tipo de família, Apgar familiar, e a Idade, Alcoolismo e Desemprego do companheiro. Elaborou-se um modelo de regressão logística binária multivariada. Nível de significância 0,05. Resultados: A Prevalência de VFC na mulher foi de 20,5% (IC 95%: 15,9 a 25,7%). Identificaram- se como factores de risco independentes para VFC: Tipo de família reconstruída, monoparental e outros (OR ajustado=4,68), Apgar familiar moderada e severamente disfuncional (OR ajustado= 4,65) e Alcoolismo no companheiro (OR ajustado= 5,12). Discussão/Conclusão: A Prevalência de VFC na mulher foi sobreponível à de outros países, mas superior à referida por estudos portugueses. Tal como em outros estudos encontrou-se uma associação da VFC com o alcoolismo do marido. Ao contrário do relatado por outros autores, a classe social de Graffard não foi identificada neste estudo como um factor de risco independente para VFC, verificando-se maior importância para as características da família
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