Summary: | Em 1988, Gilles Deleuze dedica Periclès et Verdi, ao amigo François Châtelet. Quando fora chamado pelo Collége International de Philosophie para participar das últimas mesas redondas dedicadas à morte do amigo, Deleuze vê na recusa de deus e de toda transcendência châteletianas uma serenidade ateia depois de Nietzsche. À época de seus estudos de Filosofia na Sorbonne, Châtelet pela primeira vez entra em contato com Deleuze, e a partir daí constituir-se-á a sua projeção como filósofo da história e como filósofo político. Nesse sentido, eis o seu interesse pela filosofia de Châtelet: gradativamente refaz a trajetória filosófica do amigo e, ao mesmo tempo, conjura a sua morte e homenageia-o postumamente através da ressonância do pensamento de Châtelet em sua própria filosofia.
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