A desindustrialização no Brasil e a doença holandesa: uma revisão da literatura

Este trabalho apresenta um panorama teórico-conceitual que correlaciona as variáveis desindustrialização e re-primarização da pauta exportadora com a ducht disease. A metodologia utilizada foi à revisão sistemática identificando e avaliando os estudos integrantes das bases de dados da Scientific El...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Dalton Tria Cusciano
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Universidade Estadual de Londrina 2018-12-01
Series:Economia & Região
Subjects:
Online Access:https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/ecoreg/article/view/31409
Description
Summary:Este trabalho apresenta um panorama teórico-conceitual que correlaciona as variáveis desindustrialização e re-primarização da pauta exportadora com a ducht disease. A metodologia utilizada foi à revisão sistemática identificando e avaliando os estudos integrantes das bases de dados da Scientific Electronic Library Online e do Portal de Periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior do Ministério da Educação, constantes nos sistemas até 30 de setembro de 2017, tendo-se utilizado como critério selecionador, o termo “doença holandesa” e a revisão por pares. Os dados coletados identificaram argumentos favoráveis e contrários à presença da doença holandesa na economia brasileira. Apesar disso os resultados revelam que as bases de dados utilizadas pelas correntes são distintas, o que não permite afirmar se existe ou inexiste doença holandesa no Brasil. Dentre os argumentos favoráveis à presença da doença holandesa, encontram-se linhas teóricas que vinculam a persistente apreciação da moeda nacional com a reprimarização da pauta de exportações, o que desencadearia a desindustrialização da economia. Já os argumentos contrários à existência da doença no Brasil indicam que os postos de trabalho no ramo industrial permaneceram estáveis, que a pauta de exportações não sofreu alterações significativas recentemente, que a indústria de transformação manteve um nível de participação média anual no Produto Interno Bruto e que os setores de elevada e média-elevada tecnologia tiveram significativo crescimento.
ISSN:2317-627X