ANÁLISE DE FRAGMENTAÇÃO FLORESTAL NO MUNICÍPIO DE SILVA JARDIM, APA DO RIO SÃO JOÃO, RJ.
A fragmentação florestal é resultado do estabelecimento de atividades desordenadas de uso e ocupação da terra, que resultam diretamente na perda da biodiversidade. A paisagem atual da Mata Atlântica encontra-se bastante fragmentada e desconectada. Este trabalho teve como objetivo principal a caracte...
Main Authors: | , |
---|---|
Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Universidade Federal de Uberlândia
2015-02-01
|
Series: | Revista Brasileira de Cartografia |
Online Access: | http://www.seer.ufu.br/index.php/revistabrasileiracartografia/article/view/44732 |
_version_ | 1828898491679637504 |
---|---|
author | Livia dos Santos Abdalla Carla Madureira |
author_facet | Livia dos Santos Abdalla Carla Madureira |
author_sort | Livia dos Santos Abdalla |
collection | DOAJ |
description | A fragmentação florestal é resultado do estabelecimento de atividades desordenadas de uso e ocupação da terra, que resultam diretamente na perda da biodiversidade. A paisagem atual da Mata Atlântica encontra-se bastante fragmentada e desconectada. Este trabalho teve como objetivo principal a caracterização da estrutura da paisagem do município de Silva Jardim, o qual está totalmente inserido no domínio do bioma Mata Atlântica, a partir das métricas (tamanho, forma, borda, área central e proximidade) dos fragmentos florestais maiores que 100 m². Foi utilizado mapeamento em grande escala (1:10.000) referente ao ano de 2010. A partir da análise das métricas de área se identificou enorme variabilidade com relação ao tamanho dos fragmentos florestais, sendo os mesmos divididos em cinco classes de tamanho (muito pequeno, pequeno, médio, grande e muito grande). As métricas de forma revelaram a tendência geral de fragmentos bastante irregulares, o que sugere mais vulnerabilidade quanto ao efeito de borda. As métricas de borda indicaram menores efeitos de bordas nos fragmentos médios e grandes, o que revela maior conservação da biodiversidade desses fragmentos. As métricas de área central complementam a ideia dos fragmentos florestais com tamanhos maiores estarem menos vulneráveis, visto que o tamanho das áreas centrais desses fragmentos tornam esses fragmentos ecologicamente viáveis, fazendo a compensação dos efeitos de bordas. As métricas de proximidade indicaram uma proximidade global dos fragmentos, efeito este promovido pelos fragmentos muito pequenos, o que facilita as interações ecológicas da flora e a circulação da fauna. As classes de uso da terra mais frequentes nas margens dos fragmentos florestais, a classe pastagem foi a predominante, contribuindo adicionalmente para esta ter sido considerada o elemento matriz da paisagem estudada. As médias de altimetria e declividade, identificou-se que os fragmentos com dimensões menores localizam-se em áreas de baixa altimetria e declividade plana, enquanto que os maiores fragmentos são encontrados nas áreas de maior altimetria e declividade mais montanhosa. Esse padrão de distribuição das classes de tamanho dos fragmentos é explicado fundamentalmente pela prática de atividades agrícolas e de pecuária extensiva nas áreas mais planas e de baixada da região. |
first_indexed | 2024-12-13T15:16:11Z |
format | Article |
id | doaj.art-69b26a44e6d4471f9aff4eb576fa52d5 |
institution | Directory Open Access Journal |
issn | 0560-4613 1808-0936 |
language | English |
last_indexed | 2024-12-13T15:16:11Z |
publishDate | 2015-02-01 |
publisher | Universidade Federal de Uberlândia |
record_format | Article |
series | Revista Brasileira de Cartografia |
spelling | doaj.art-69b26a44e6d4471f9aff4eb576fa52d52022-12-21T23:40:41ZengUniversidade Federal de UberlândiaRevista Brasileira de Cartografia0560-46131808-09362015-02-01671ANÁLISE DE FRAGMENTAÇÃO FLORESTAL NO MUNICÍPIO DE SILVA JARDIM, APA DO RIO SÃO JOÃO, RJ.Livia dos Santos Abdalla0Carla Madureira1Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro - JBRJUniversidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJA fragmentação florestal é resultado do estabelecimento de atividades desordenadas de uso e ocupação da terra, que resultam diretamente na perda da biodiversidade. A paisagem atual da Mata Atlântica encontra-se bastante fragmentada e desconectada. Este trabalho teve como objetivo principal a caracterização da estrutura da paisagem do município de Silva Jardim, o qual está totalmente inserido no domínio do bioma Mata Atlântica, a partir das métricas (tamanho, forma, borda, área central e proximidade) dos fragmentos florestais maiores que 100 m². Foi utilizado mapeamento em grande escala (1:10.000) referente ao ano de 2010. A partir da análise das métricas de área se identificou enorme variabilidade com relação ao tamanho dos fragmentos florestais, sendo os mesmos divididos em cinco classes de tamanho (muito pequeno, pequeno, médio, grande e muito grande). As métricas de forma revelaram a tendência geral de fragmentos bastante irregulares, o que sugere mais vulnerabilidade quanto ao efeito de borda. As métricas de borda indicaram menores efeitos de bordas nos fragmentos médios e grandes, o que revela maior conservação da biodiversidade desses fragmentos. As métricas de área central complementam a ideia dos fragmentos florestais com tamanhos maiores estarem menos vulneráveis, visto que o tamanho das áreas centrais desses fragmentos tornam esses fragmentos ecologicamente viáveis, fazendo a compensação dos efeitos de bordas. As métricas de proximidade indicaram uma proximidade global dos fragmentos, efeito este promovido pelos fragmentos muito pequenos, o que facilita as interações ecológicas da flora e a circulação da fauna. As classes de uso da terra mais frequentes nas margens dos fragmentos florestais, a classe pastagem foi a predominante, contribuindo adicionalmente para esta ter sido considerada o elemento matriz da paisagem estudada. As médias de altimetria e declividade, identificou-se que os fragmentos com dimensões menores localizam-se em áreas de baixa altimetria e declividade plana, enquanto que os maiores fragmentos são encontrados nas áreas de maior altimetria e declividade mais montanhosa. Esse padrão de distribuição das classes de tamanho dos fragmentos é explicado fundamentalmente pela prática de atividades agrícolas e de pecuária extensiva nas áreas mais planas e de baixada da região.http://www.seer.ufu.br/index.php/revistabrasileiracartografia/article/view/44732 |
spellingShingle | Livia dos Santos Abdalla Carla Madureira ANÁLISE DE FRAGMENTAÇÃO FLORESTAL NO MUNICÍPIO DE SILVA JARDIM, APA DO RIO SÃO JOÃO, RJ. Revista Brasileira de Cartografia |
title | ANÁLISE DE FRAGMENTAÇÃO FLORESTAL NO MUNICÍPIO DE SILVA JARDIM, APA DO RIO SÃO JOÃO, RJ. |
title_full | ANÁLISE DE FRAGMENTAÇÃO FLORESTAL NO MUNICÍPIO DE SILVA JARDIM, APA DO RIO SÃO JOÃO, RJ. |
title_fullStr | ANÁLISE DE FRAGMENTAÇÃO FLORESTAL NO MUNICÍPIO DE SILVA JARDIM, APA DO RIO SÃO JOÃO, RJ. |
title_full_unstemmed | ANÁLISE DE FRAGMENTAÇÃO FLORESTAL NO MUNICÍPIO DE SILVA JARDIM, APA DO RIO SÃO JOÃO, RJ. |
title_short | ANÁLISE DE FRAGMENTAÇÃO FLORESTAL NO MUNICÍPIO DE SILVA JARDIM, APA DO RIO SÃO JOÃO, RJ. |
title_sort | analise de fragmentacao florestal no municipio de silva jardim apa do rio sao joao rj |
url | http://www.seer.ufu.br/index.php/revistabrasileiracartografia/article/view/44732 |
work_keys_str_mv | AT liviadossantosabdalla analisedefragmentacaoflorestalnomunicipiodesilvajardimapadoriosaojoaorj AT carlamadureira analisedefragmentacaoflorestalnomunicipiodesilvajardimapadoriosaojoaorj |