Reelaborações para violão da obra bachiana: análise das versões de Francisco Tárrega e Pablo Marquez da <i>Fuga</i> BWV1001
A música de Johann Sebastian Bach foi introduzida no repertório violonístico pelo espanhol Francisco de Asís Tárrega Eixea (1852-1909), em 1907, ao publicar a transcrição da Fuga da Sonata I para violino solo, BWV1001. Desde então, a música bachiana não saiu mais do repertório do violão, na medida e...
Main Author: | |
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Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Associação Nacional de Pesquisa e Pós-Graduação em Música
2014-12-01
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Series: | Opus |
Subjects: | |
Online Access: | http://www.anppom.com.br/revista/index.php/opus/article/view/78 |
Summary: | A música de Johann Sebastian Bach foi introduzida no repertório violonístico pelo espanhol Francisco de Asís Tárrega Eixea (1852-1909), em 1907, ao publicar a transcrição da Fuga da Sonata I para violino solo, BWV1001. Desde então, a música bachiana não saiu mais do repertório do violão, na medida em que os grandes intérpretes do instrumento, como Llobet, Pujol, Segovia e seus discípulos, inseriam suas transcrições nos concertos e exploravam novas obras do mestre barroco. No presente artigo analisamos duas reelaborações para violão da Fuga BWV1001, realizadas em um intervalo de aproximadamente 100 anos por Tárrega e pelo violonista argentino Pablo Marquez (1967). Para isso, utilizamos como parâmetros as terminologias apresentadas por Flávia Pereira, relacionadas às práticas de reelaboração musical, e as abordagens utilizadas pelos autores Philip Hii, Nicolas Goluses, Stanley Yates e Pedro Rodrigues. Nosso objetivo foi apontar as diferentes técnicas de reelaboração realizadas pelos arranjadores e responder questões, como: em qual das práticas de reelaboração as versões se enquadram? Quais as principais influências sofridas pelos arranjadores em suas versões? Quais os recursos disponíveis a cada um deles? Suas premissas são divergentes? Que lições podemos apontar a partir dos resultados obtidos? Finalmente, dentro dos parâmetros apresentados por Pereira, concluímos que a reelaboração musical de Tárrega pode ser classificada como “transcrição”, enquanto a de Marquez como “idiomatização”. |
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ISSN: | 0103-7412 1517-7017 |