Avaliação de serviços de assistência ambulatorial em aids, Brasil: estudo comparativo 2001/2007
OBJETIVO: Avaliar os serviços do Sistema Único de Saúde brasileiro de assistência ambulatorial a adultos vivendo com aids em 2007 e comparar com a avaliação de 2001. MÉTODOS: Os 636 serviços cadastrados no Ministério da Saúde em 2007 foram convidados a responder a um questionário previamente validad...
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Universidade de São Paulo
2013-02-01
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author | Maria Ines Battistella Nemes Tatianna Meirelles Dantas Alencar Cáritas Relva Basso Elen Rose Lodeiro Castanheira Regina Melchior Maria Teresa Seabra Soares De Britto E Alves Joselita Maria Magalhães Caraciolo Maria Altenfelder Santos |
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description | OBJETIVO: Avaliar os serviços do Sistema Único de Saúde brasileiro de assistência ambulatorial a adultos vivendo com aids em 2007 e comparar com a avaliação de 2001. MÉTODOS: Os 636 serviços cadastrados no Ministério da Saúde em 2007 foram convidados a responder a um questionário previamente validado (Questionário Qualiaids) com 107 questões de múltipla escolha sobre a organização da assistência prestada. Analisaram-se as frequências das respostas de 2007 comparando-as com as obtidas em 2001 na forma de variação percentual (VP). RESULTADOS: Responderam o questionário 504 (79,2%) serviços. Cerca de 100,0% dos respondentes relataram ter pelo menos um médico, suprimento sem falhas de antirretrovirais e de exames CD4 e carga viral. Vários aspectos mostraram melhor desempenho em 2007 comparados a 2001: registro de número de faltas à consulta médica (de 18,3 para 27,0%, VP: 47,5%), agendamento de consulta em menos de 15 dias no início da terapia antirretroviral (de 55,3 para 66,2%, VP: 19,7%) e participação organizada do usuário (de 5,9 para 16,7%, VP: 183,1%). Houve manutenção de dificuldades: pequena variação na disponibilidade de exames especializados em até 15 dias, como endoscopia (31,9 para 34,5%, VP: 8,1%), e a piora de indicadores como tempo ideal de acesso a consultas especializadas (55,9 para 34,5% em cardiologia, VP negativa de 38,3%). O tempo médio despendido nas consultas médicas de seguimento manteve-se baixo: 15 minutos ou menos (52,5 para 49,5%, VP negativa de 5,8%). CONCLUSÕES: A avaliação de 2007 mostrou que os serviços contam com os recursos essenciais para a assistência ambulatorial. Houve melhoras em muitos aspectos em relação a 2001, mas persistem desafios. Pouco tempo dedicado à consulta médica pode estar vinculado ao número insuficiente de médicos e/ou à baixa capacidade de escuta e diálogo. A acessibilidade prejudicada a consultas especializadas mostra a dificuldade das infraestruturas locais do Sistema Único de Saúde. |
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series | Revista de Saúde Pública |
spelling | doaj.art-6b8e0050b3104c4abeb14447e739e1442022-12-21T18:51:14ZengUniversidade de São PauloRevista de Saúde Pública1518-87872013-02-0147113714610.1590/s0034-89102013000100018S0034-89102013000100018Avaliação de serviços de assistência ambulatorial em aids, Brasil: estudo comparativo 2001/2007Maria Ines Battistella Nemes0Tatianna Meirelles Dantas Alencar1Cáritas Relva Basso2Elen Rose Lodeiro Castanheira3Regina Melchior4Maria Teresa Seabra Soares De Britto E Alves5Joselita Maria Magalhães Caraciolo6Maria Altenfelder Santos7Universidade de São PauloMinistério da SaúdeUniversidade de São PauloUniversidade Estadual PaulistaUniversidade Estadual de LondrinaUniversidade Federal do MaranhãoUniversidade de São PauloUniversidade de São PauloOBJETIVO: Avaliar os serviços do Sistema Único de Saúde brasileiro de assistência ambulatorial a adultos vivendo com aids em 2007 e comparar com a avaliação de 2001. MÉTODOS: Os 636 serviços cadastrados no Ministério da Saúde em 2007 foram convidados a responder a um questionário previamente validado (Questionário Qualiaids) com 107 questões de múltipla escolha sobre a organização da assistência prestada. Analisaram-se as frequências das respostas de 2007 comparando-as com as obtidas em 2001 na forma de variação percentual (VP). RESULTADOS: Responderam o questionário 504 (79,2%) serviços. Cerca de 100,0% dos respondentes relataram ter pelo menos um médico, suprimento sem falhas de antirretrovirais e de exames CD4 e carga viral. Vários aspectos mostraram melhor desempenho em 2007 comparados a 2001: registro de número de faltas à consulta médica (de 18,3 para 27,0%, VP: 47,5%), agendamento de consulta em menos de 15 dias no início da terapia antirretroviral (de 55,3 para 66,2%, VP: 19,7%) e participação organizada do usuário (de 5,9 para 16,7%, VP: 183,1%). Houve manutenção de dificuldades: pequena variação na disponibilidade de exames especializados em até 15 dias, como endoscopia (31,9 para 34,5%, VP: 8,1%), e a piora de indicadores como tempo ideal de acesso a consultas especializadas (55,9 para 34,5% em cardiologia, VP negativa de 38,3%). O tempo médio despendido nas consultas médicas de seguimento manteve-se baixo: 15 minutos ou menos (52,5 para 49,5%, VP negativa de 5,8%). CONCLUSÕES: A avaliação de 2007 mostrou que os serviços contam com os recursos essenciais para a assistência ambulatorial. Houve melhoras em muitos aspectos em relação a 2001, mas persistem desafios. Pouco tempo dedicado à consulta médica pode estar vinculado ao número insuficiente de médicos e/ou à baixa capacidade de escuta e diálogo. A acessibilidade prejudicada a consultas especializadas mostra a dificuldade das infraestruturas locais do Sistema Único de Saúde.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102013000100018&lng=en&tlng=enSíndrome de inmunodeficiencia adquirida, terapiainfecciones por vihatención ambulatorialsistema único de saludinvestigación sobre servicios de salud |
spellingShingle | Maria Ines Battistella Nemes Tatianna Meirelles Dantas Alencar Cáritas Relva Basso Elen Rose Lodeiro Castanheira Regina Melchior Maria Teresa Seabra Soares De Britto E Alves Joselita Maria Magalhães Caraciolo Maria Altenfelder Santos Avaliação de serviços de assistência ambulatorial em aids, Brasil: estudo comparativo 2001/2007 Revista de Saúde Pública Síndrome de inmunodeficiencia adquirida, terapia infecciones por vih atención ambulatorial sistema único de salud investigación sobre servicios de salud |
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