Prescrição de antibióticos no serviço de atendimento complementar
Objectivos: Caracterizar a prescrição de antibióticos sistémicos no serviço de atendimento complementar. Tipo de estudo: transversal, descritivo, observacional. Local : Unidade de Saúde de Vialonga, extensão do Centro de Saúde da Póvoa de Sta Iria. Metodologia: Estudaram-se fichas de regist...
Main Author: | |
---|---|
Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar
2002-01-01
|
Series: | Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar |
Subjects: | |
Online Access: | https://rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/view/9865 |
_version_ | 1797254508786483200 |
---|---|
author | Raquel Mateus Palma |
author_facet | Raquel Mateus Palma |
author_sort | Raquel Mateus Palma |
collection | DOAJ |
description |
Objectivos: Caracterizar a prescrição de antibióticos sistémicos no serviço de atendimento complementar.
Tipo de estudo: transversal, descritivo, observacional.
Local : Unidade de Saúde de Vialonga, extensão do Centro de Saúde da Póvoa de Sta Iria.
Metodologia: Estudaram-se fichas de registo médico referentes às consultas no atendimento complementar, no ano 2000. Utilizou-se uma amostra aleatória em etapas sucessivas com a dimensão de 1722 fichas. Mediram-se as variáveis: sexo, idade, prescrição de antibiótico, princípio activo e grupo farmacoterapêutico, diagnóstico no caso de prescrição de antibacteriano e médico prescritor.
Resultados e Conclusões: Ocorreu registo de prescrição de antibióticos em 399 fichas (23,3% das consultas). O grupo mais prescrito foi o dos macrólidos (30% dos casos), tendo as benzilpenicilinas sido escolhidas em 2,2% dos casos. A amigdalite aguda foi o diagnóstico face ao qual houve maior prescrição de antibióticos. Perante a evidência da crescente resistência dos estreptococos do grupo A aos macrólidos estes resultados merecem reflexão. As cefalosporinas de 3ª geração e as quinolonas foram dos grupos mais usados, em 10,2% e 7,7% dos casos, respectivamente. As suas escassas indicações em Medicina Geral e Familiar questionam tais valores. Em 19 otites (29,7%) foram prescritas cefalosporinas de 3ª geração. A evidência não o recomenda. As quinolonas foram a terapêutica de eleição em 67% das cistites; o cotrimoxazol em 7,5%. As recomendações actuais indicam-no como primeira escolha nas cistites não complicadas. Torna-se urgente o conhecimento e o cumprimento rigoroso das orientações terapêuticas que a comunidade científica fornece para um uso mais apropriado dos antibióticos.
|
first_indexed | 2024-04-24T21:51:05Z |
format | Article |
id | doaj.art-6bd91e39a2384778b1069bfca24eff2e |
institution | Directory Open Access Journal |
issn | 2182-5181 |
language | English |
last_indexed | 2024-04-24T21:51:05Z |
publishDate | 2002-01-01 |
publisher | Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar |
record_format | Article |
series | Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar |
spelling | doaj.art-6bd91e39a2384778b1069bfca24eff2e2024-03-20T14:10:54ZengAssociação Portuguesa de Medicina Geral e FamiliarRevista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar2182-51812002-01-0118110.32385/rpmgf.v18i1.9865Prescrição de antibióticos no serviço de atendimento complementarRaquel Mateus Palma0Interna do Internato Complementar de Clínica Geral da Zona Sul, Centro de Saúde da Póvoa de Santa Iria, Unidade de Saúde de Vialonga. Objectivos: Caracterizar a prescrição de antibióticos sistémicos no serviço de atendimento complementar. Tipo de estudo: transversal, descritivo, observacional. Local : Unidade de Saúde de Vialonga, extensão do Centro de Saúde da Póvoa de Sta Iria. Metodologia: Estudaram-se fichas de registo médico referentes às consultas no atendimento complementar, no ano 2000. Utilizou-se uma amostra aleatória em etapas sucessivas com a dimensão de 1722 fichas. Mediram-se as variáveis: sexo, idade, prescrição de antibiótico, princípio activo e grupo farmacoterapêutico, diagnóstico no caso de prescrição de antibacteriano e médico prescritor. Resultados e Conclusões: Ocorreu registo de prescrição de antibióticos em 399 fichas (23,3% das consultas). O grupo mais prescrito foi o dos macrólidos (30% dos casos), tendo as benzilpenicilinas sido escolhidas em 2,2% dos casos. A amigdalite aguda foi o diagnóstico face ao qual houve maior prescrição de antibióticos. Perante a evidência da crescente resistência dos estreptococos do grupo A aos macrólidos estes resultados merecem reflexão. As cefalosporinas de 3ª geração e as quinolonas foram dos grupos mais usados, em 10,2% e 7,7% dos casos, respectivamente. As suas escassas indicações em Medicina Geral e Familiar questionam tais valores. Em 19 otites (29,7%) foram prescritas cefalosporinas de 3ª geração. A evidência não o recomenda. As quinolonas foram a terapêutica de eleição em 67% das cistites; o cotrimoxazol em 7,5%. As recomendações actuais indicam-no como primeira escolha nas cistites não complicadas. Torna-se urgente o conhecimento e o cumprimento rigoroso das orientações terapêuticas que a comunidade científica fornece para um uso mais apropriado dos antibióticos. https://rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/view/9865AntibióticosPrescrição de Medicamentos |
spellingShingle | Raquel Mateus Palma Prescrição de antibióticos no serviço de atendimento complementar Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar Antibióticos Prescrição de Medicamentos |
title | Prescrição de antibióticos no serviço de atendimento complementar |
title_full | Prescrição de antibióticos no serviço de atendimento complementar |
title_fullStr | Prescrição de antibióticos no serviço de atendimento complementar |
title_full_unstemmed | Prescrição de antibióticos no serviço de atendimento complementar |
title_short | Prescrição de antibióticos no serviço de atendimento complementar |
title_sort | prescricao de antibioticos no servico de atendimento complementar |
topic | Antibióticos Prescrição de Medicamentos |
url | https://rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/view/9865 |
work_keys_str_mv | AT raquelmateuspalma prescricaodeantibioticosnoservicodeatendimentocomplementar |