Estudos Genéticos em Doentes Portugueses com Esclerose Múltipla

A esclerose múltipla (EM) é uma doença crónica, neuroinflamatória e auto-imune que resulta de uma interacção complexa entre factores genéticos e ambientais. Como em outras doenças complexas, com características auto-imunes, a associação genética com o complexo major de histocompatibilidade (HLA no...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Andreia Bettencourt, Ana Martins da Silva, Paulo Pinho e Costa, Berta Martins Silva
Format: Article
Language:English
Published: Ordem dos Médicos 2012-08-01
Series:Acta Médica Portuguesa
Online Access:https://www.actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/66
_version_ 1811344754756026368
author Andreia Bettencourt
Ana Martins da Silva
Paulo Pinho e Costa
Berta Martins Silva
author_facet Andreia Bettencourt
Ana Martins da Silva
Paulo Pinho e Costa
Berta Martins Silva
author_sort Andreia Bettencourt
collection DOAJ
description A esclerose múltipla (EM) é uma doença crónica, neuroinflamatória e auto-imune que resulta de uma interacção complexa entre factores genéticos e ambientais. Como em outras doenças complexas, com características auto-imunes, a associação genética com o complexo major de histocompatibilidade (HLA no Homem) está bem documentada. Nos últimos anos vários estudos de associação genéticos têm sido realizados em doentes portugueses com esclerose múltipla. Genes como o HLA-DRB1, HLA-A, HFE, TNFA, CTLA-4, PTPN22 e a Apolipoproteina E (ApoE) foram investigados. A ApoE, os alelos 1858T do gene do PTPN22, -318C do gene CTLA-4, -308A do gene TNFA, -1237C do gene TLR9 e os polimorfismos do gene HFE parecem não estar associados ao desenvolvimento de EM. O alelo HLA-DRB1*15 foi confirmado como o principal marcador genético de susceptibilidade à doença. Foi também observado que a presença dos alelos HLA-A*02 e TNFA-238A diminui o risco de desenvolver esclerose múltipla, e que a presença da variante C282Y do gene HFE parece conferir um pior prognóstico. Por outro lado, o alelo HLA-DRB1*15 e o alelo 1858T do PTPN22 estão associados, na nossa população, a um curso benigno da doença.
first_indexed 2024-04-13T19:51:52Z
format Article
id doaj.art-6c6ce09af74a40219065bf02453e9326
institution Directory Open Access Journal
issn 0870-399X
1646-0758
language English
last_indexed 2024-04-13T19:51:52Z
publishDate 2012-08-01
publisher Ordem dos Médicos
record_format Article
series Acta Médica Portuguesa
spelling doaj.art-6c6ce09af74a40219065bf02453e93262022-12-22T02:32:29ZengOrdem dos MédicosActa Médica Portuguesa0870-399X1646-07582012-08-0125410.20344/amp.66Estudos Genéticos em Doentes Portugueses com Esclerose MúltiplaAndreia Bettencourt0Ana Martins da Silva1Paulo Pinho e Costa2Berta Martins Silva3UMIB - Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar. Universidade do Porto. Porto. Portugal.Serviço de Neurologia. Centro hospitalar do Porto - Hospital Geral de Santo António. UMIB - Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar. Universidade do Porto. Porto. Portugal.Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge. Porto. Portugal.UMIB - Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar. Universidade do Porto. Porto. Portugal. A esclerose múltipla (EM) é uma doença crónica, neuroinflamatória e auto-imune que resulta de uma interacção complexa entre factores genéticos e ambientais. Como em outras doenças complexas, com características auto-imunes, a associação genética com o complexo major de histocompatibilidade (HLA no Homem) está bem documentada. Nos últimos anos vários estudos de associação genéticos têm sido realizados em doentes portugueses com esclerose múltipla. Genes como o HLA-DRB1, HLA-A, HFE, TNFA, CTLA-4, PTPN22 e a Apolipoproteina E (ApoE) foram investigados. A ApoE, os alelos 1858T do gene do PTPN22, -318C do gene CTLA-4, -308A do gene TNFA, -1237C do gene TLR9 e os polimorfismos do gene HFE parecem não estar associados ao desenvolvimento de EM. O alelo HLA-DRB1*15 foi confirmado como o principal marcador genético de susceptibilidade à doença. Foi também observado que a presença dos alelos HLA-A*02 e TNFA-238A diminui o risco de desenvolver esclerose múltipla, e que a presença da variante C282Y do gene HFE parece conferir um pior prognóstico. Por outro lado, o alelo HLA-DRB1*15 e o alelo 1858T do PTPN22 estão associados, na nossa população, a um curso benigno da doença. https://www.actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/66
spellingShingle Andreia Bettencourt
Ana Martins da Silva
Paulo Pinho e Costa
Berta Martins Silva
Estudos Genéticos em Doentes Portugueses com Esclerose Múltipla
Acta Médica Portuguesa
title Estudos Genéticos em Doentes Portugueses com Esclerose Múltipla
title_full Estudos Genéticos em Doentes Portugueses com Esclerose Múltipla
title_fullStr Estudos Genéticos em Doentes Portugueses com Esclerose Múltipla
title_full_unstemmed Estudos Genéticos em Doentes Portugueses com Esclerose Múltipla
title_short Estudos Genéticos em Doentes Portugueses com Esclerose Múltipla
title_sort estudos geneticos em doentes portugueses com esclerose multipla
url https://www.actamedicaportuguesa.com/revista/index.php/amp/article/view/66
work_keys_str_mv AT andreiabettencourt estudosgeneticosemdoentesportuguesescomesclerosemultipla
AT anamartinsdasilva estudosgeneticosemdoentesportuguesescomesclerosemultipla
AT paulopinhoecosta estudosgeneticosemdoentesportuguesescomesclerosemultipla
AT bertamartinssilva estudosgeneticosemdoentesportuguesescomesclerosemultipla