POLICITEMIA PÓS-TRANSPLANTE: INCIDÊNCIA, FATORES DE RISCO E PROGNÓSTICO
Introdução: Avaliar a incidência de policitemia (PTxP) em transplantados renais no primeiro ano pós-transplante. Identificar fatores de risco e implicações prognósticas. Métodos: Estudo retrospectivo, observacional. Critérios de inclusão: receptores de transplante renal entre janeiro e dezembro de...
Main Authors: | , , , , |
---|---|
Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Associação Brasileira de Transplante de Órgãos
2014-06-01
|
Series: | Brazilian Journal of Transplantation |
Subjects: | |
Online Access: | https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/147 |
_version_ | 1811297009847500800 |
---|---|
author | André Luis Bastos Sousa Marcos Vinícius de Sousa Leonardo Figueiredo Camargo Gabriel Giollo Rivelli Marilda Mazzali |
author_facet | André Luis Bastos Sousa Marcos Vinícius de Sousa Leonardo Figueiredo Camargo Gabriel Giollo Rivelli Marilda Mazzali |
author_sort | André Luis Bastos Sousa |
collection | DOAJ |
description |
Introdução: Avaliar a incidência de policitemia (PTxP) em transplantados renais no primeiro ano pós-transplante. Identificar fatores de risco e implicações prognósticas. Métodos: Estudo retrospectivo, observacional. Critérios de inclusão: receptores de transplante renal entre janeiro e dezembro de 2010 com idade >18 anos, acompanhamento pós tx > seis meses. Exclusão: DPOC, tabagismo ativo e eritrocitose secundária. Para análise, os pacientes foram divididos em dois grupos: PTxP: Hb ≥ 18g/L ou htc ≥ 51% (homens) ou Hb ≥ 17g/L ou Htc ≥ 50% (mulheres). PTxP grave foi definida como hb > 18,5g/L ou htc >55% e/ou necessidade de sangria terapêutica. Grupo controle (CTL): Hb < 18g/L ou htc < 51% (homens) e hb<17g/L ou ht < 50% (mulheres). Parâmetros avaliados: dados demográficos, eventos tromboembólicos, hemoglobina, hematócrito e creatinina sérica, terapêutica e evolução. Resultados: 122 pacientes, idade 47 + 12 anos, maioria homens (63,1%) e receptores de rim de doador falecido (95%) preencheram os critérios de inclusão. Desses, 17 (14%) preencheram os critérios para PTxP (Hb 17,3+0,6 g/L; Htc 53,4+1,9%), diagnosticada 9+5 meses pós-transplante. Seis pacientes classificados como PTxP grave não apresentaram fenômeno tromboembólico grave e/ou necessidade de flebotomia. Cerca de 62% dos pacientes apresentavam creatinina < 1,6g/L após seis meses de acompanhamento. O tratamento foi realizado com iECA e/ou aminofilina em 12/17 pacientes, com resposta completa em oito casos. Dos cinco pacientes não tratados, quatro evoluíram com remissão espontânea completa. Os grupos PTxP e CTL eram comparáveis em parâmetros demográficos, pressão arterial, função renal, diabetes ou tabagismo pré-transplante e/ou terapia imunossupressora. O grupo PTxP evoluiu com recuperação mais rápida dos parâmetros hematimótricos que o CTL. Não houve diferença significativa entre grupos para os desfechos de perda de enxerto e morte em três anos, mas houve tendência à perda de enxerto mais precoce no grupo CTL. Conclusão: A incidência de policitemia foi de 14%, menor do que a reportada em nossa série histórica, de 33%. Níveis de hemoglobina próximos ao normal no 1o mês pós-transplante foram marcadores precoces de PTxP.
|
first_indexed | 2024-04-13T05:57:51Z |
format | Article |
id | doaj.art-6dff98034abf4257b79391ad298e64ed |
institution | Directory Open Access Journal |
issn | 2764-1589 |
language | English |
last_indexed | 2024-04-13T05:57:51Z |
publishDate | 2014-06-01 |
publisher | Associação Brasileira de Transplante de Órgãos |
record_format | Article |
series | Brazilian Journal of Transplantation |
spelling | doaj.art-6dff98034abf4257b79391ad298e64ed2022-12-22T02:59:34ZengAssociação Brasileira de Transplante de ÓrgãosBrazilian Journal of Transplantation2764-15892014-06-0117310.53855/bjt.v17i3.147POLICITEMIA PÓS-TRANSPLANTE: INCIDÊNCIA, FATORES DE RISCO E PROGNÓSTICOAndré Luis Bastos Sousa0Marcos Vinícius de Sousa1Leonardo Figueiredo Camargo2Gabriel Giollo Rivelli3Marilda Mazzali4Universidade Estadual de Campinas – faculdade de Ciências Médicas - Programa de Transplante Renal - Disciplina de Nefrologia – Campinas/SP – Brasil.Universidade Estadual de Campinas – faculdade de Ciências Médicas - Programa de Transplante Renal - Disciplina de Nefrologia – Campinas/SP – Brasil.Universidade Estadual de Campinas – faculdade de Ciências Médicas - Programa de Transplante Renal - Disciplina de Nefrologia – Campinas/SP – Brasil.Universidade Estadual de Campinas – faculdade de Ciências Médicas - Programa de Transplante Renal - Disciplina de Nefrologia – Campinas/SP – Brasil.Universidade Estadual de Campinas – faculdade de Ciências Médicas - Programa de Transplante Renal - Disciplina de Nefrologia – Campinas/SP – Brasil. Introdução: Avaliar a incidência de policitemia (PTxP) em transplantados renais no primeiro ano pós-transplante. Identificar fatores de risco e implicações prognósticas. Métodos: Estudo retrospectivo, observacional. Critérios de inclusão: receptores de transplante renal entre janeiro e dezembro de 2010 com idade >18 anos, acompanhamento pós tx > seis meses. Exclusão: DPOC, tabagismo ativo e eritrocitose secundária. Para análise, os pacientes foram divididos em dois grupos: PTxP: Hb ≥ 18g/L ou htc ≥ 51% (homens) ou Hb ≥ 17g/L ou Htc ≥ 50% (mulheres). PTxP grave foi definida como hb > 18,5g/L ou htc >55% e/ou necessidade de sangria terapêutica. Grupo controle (CTL): Hb < 18g/L ou htc < 51% (homens) e hb<17g/L ou ht < 50% (mulheres). Parâmetros avaliados: dados demográficos, eventos tromboembólicos, hemoglobina, hematócrito e creatinina sérica, terapêutica e evolução. Resultados: 122 pacientes, idade 47 + 12 anos, maioria homens (63,1%) e receptores de rim de doador falecido (95%) preencheram os critérios de inclusão. Desses, 17 (14%) preencheram os critérios para PTxP (Hb 17,3+0,6 g/L; Htc 53,4+1,9%), diagnosticada 9+5 meses pós-transplante. Seis pacientes classificados como PTxP grave não apresentaram fenômeno tromboembólico grave e/ou necessidade de flebotomia. Cerca de 62% dos pacientes apresentavam creatinina < 1,6g/L após seis meses de acompanhamento. O tratamento foi realizado com iECA e/ou aminofilina em 12/17 pacientes, com resposta completa em oito casos. Dos cinco pacientes não tratados, quatro evoluíram com remissão espontânea completa. Os grupos PTxP e CTL eram comparáveis em parâmetros demográficos, pressão arterial, função renal, diabetes ou tabagismo pré-transplante e/ou terapia imunossupressora. O grupo PTxP evoluiu com recuperação mais rápida dos parâmetros hematimótricos que o CTL. Não houve diferença significativa entre grupos para os desfechos de perda de enxerto e morte em três anos, mas houve tendência à perda de enxerto mais precoce no grupo CTL. Conclusão: A incidência de policitemia foi de 14%, menor do que a reportada em nossa série histórica, de 33%. Níveis de hemoglobina próximos ao normal no 1o mês pós-transplante foram marcadores precoces de PTxP. https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/147TransplanteResultado de TratamentoPolicitemia |
spellingShingle | André Luis Bastos Sousa Marcos Vinícius de Sousa Leonardo Figueiredo Camargo Gabriel Giollo Rivelli Marilda Mazzali POLICITEMIA PÓS-TRANSPLANTE: INCIDÊNCIA, FATORES DE RISCO E PROGNÓSTICO Brazilian Journal of Transplantation Transplante Resultado de Tratamento Policitemia |
title | POLICITEMIA PÓS-TRANSPLANTE: INCIDÊNCIA, FATORES DE RISCO E PROGNÓSTICO |
title_full | POLICITEMIA PÓS-TRANSPLANTE: INCIDÊNCIA, FATORES DE RISCO E PROGNÓSTICO |
title_fullStr | POLICITEMIA PÓS-TRANSPLANTE: INCIDÊNCIA, FATORES DE RISCO E PROGNÓSTICO |
title_full_unstemmed | POLICITEMIA PÓS-TRANSPLANTE: INCIDÊNCIA, FATORES DE RISCO E PROGNÓSTICO |
title_short | POLICITEMIA PÓS-TRANSPLANTE: INCIDÊNCIA, FATORES DE RISCO E PROGNÓSTICO |
title_sort | policitemia pos transplante incidencia fatores de risco e prognostico |
topic | Transplante Resultado de Tratamento Policitemia |
url | https://bjt.emnuvens.com.br/revista/article/view/147 |
work_keys_str_mv | AT andreluisbastossousa policitemiapostransplanteincidenciafatoresderiscoeprognostico AT marcosviniciusdesousa policitemiapostransplanteincidenciafatoresderiscoeprognostico AT leonardofigueiredocamargo policitemiapostransplanteincidenciafatoresderiscoeprognostico AT gabrielgiollorivelli policitemiapostransplanteincidenciafatoresderiscoeprognostico AT marildamazzali policitemiapostransplanteincidenciafatoresderiscoeprognostico |