Influência da salinidade no desenvolvimento e relação peso-comprimento do robalo-peva

Foi investigado se as mudanças sazonais da salinidade, temperatura, pH e transparência da água contribuem para o desenvolvimento de Centropomus parallelus em ambientes estuarinos. O trabalho foi realizado na Baí­­a de Guaratuba, Paraná, em 2007 e 2008, onde os indiví­­duos com comprimento de 15,0 a...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Paulo de Tarso CHAVES, Amanda Bortolan NOGUEIRA
Format: Article
Language:English
Published: Instituto de Pesca 2018-11-01
Series:Boletim do Instituto de Pesca
Subjects:
Online Access:https://institutodepesca.org/index.php/bip/article/view/1008
Description
Summary:Foi investigado se as mudanças sazonais da salinidade, temperatura, pH e transparência da água contribuem para o desenvolvimento de Centropomus parallelus em ambientes estuarinos. O trabalho foi realizado na Baí­­a de Guaratuba, Paraná, em 2007 e 2008, onde os indiví­­duos com comprimento de 15,0 a 214,0 mm ocupam, ao longo do ano, as áreas rasas e vegetadas. Constatou-se que a abundí­¢ncia da espécie não se associa í­Â  salinidade, temperatura, pH ou transparência da água, mas que o tamanho dos indiví­­duos se relaciona a essas variáveis. Estima-se que são as oscilações das variáveis abióticas que propiciam condições favoráveis ao crescimento, pois, em cada faixa de salinidade, alguma fase de desenvolvimento é contemplada. Associando-se dados de tamanho individual e época de ocorrência a resultados de crescimento de C. parallelus em cultivos experimentais, estima-se que, neste estuário, o robalo-peva desova no final do verão/iní­­cio do outono, época de maior influência marinha na Baí­­a; a eclosão dos ovos ocorre sob salinidade alta; e juvenis crescem durante a progressiva redução da salinidade, caracterí­­stica da proximidade do verão, sob forte aporte fluvial. Adicionando-se aos indiví­­duos coletados nas cabeceiras da Baí­­a outros pré-adultos e adultos provenientes da pesca amadora, a relação peso/comprimento foi PT = 0,00002.CT2,85(n = 1.125) com sexos reunidos; PT = 0,00001.CT2,97 (n = 185) apenas em machos adultos; e PT = 0,000007.CT3,04 (n = 445) apenas em fêmeas adultas. A diferença entre coeficientes segundo o sexo deve-se í­Â  variação do peso dos ovários durante a maturação, maior que a dos testí­­culos.
ISSN:1678-2305