Belo Monte: atores e argumentos na luta sobre a Barragem Amazônica mais controversa do Brasil
O reservatório da barragem de Belo Monte foi enchido em dezembro de 2015. O planejamento, licenciamento e construção da barragem haviam seguido inexoravelmente em frente apesar da oposição de vítimas locais dessa obra e de um vasto leque de outros atores. Argumentos lógicos, legais e éticos tinha...
Main Author: | |
---|---|
Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Universidade Estadual Paulista (UNESP)
2018-03-01
|
Series: | Revista NERA |
Online Access: | http://revista.fct.unesp.br/index.php/nera/article/view/5691/4272 |
Summary: | O reservatório da barragem de Belo Monte foi enchido em dezembro de 2015. O
planejamento, licenciamento e construção da barragem haviam seguido inexoravelmente em
frente apesar da oposição de vítimas locais dessa obra e de um vasto leque de outros
atores. Argumentos lógicos, legais e éticos tinham menos efeito do que as forças políticas e
empresariais, priorizando a barragem. Parte da destruição ambiental e da violação dos
direitos humanos em Belo Monte foi, aparentemente, financiada pelos contribuintes na
Europa e América do Norte com recursos passados por meio do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) na forma de empréstimos de política de
desenvolvimento (DPLs) concedidos para o Brasil pelo Banco Mundial. Isso abre a
oportunidade para reformas no Banco Mundial para eliminar lacunas que permitem
financiamentos através de intermediários financeiros. O custo humano e ambiental de Belo
Monte também deve fazer com que os governos e as instituições financeiras
reconsiderassem a promoção de barragens como sua principal resposta às questões
energéticas. |
---|---|
ISSN: | 1806-6755 1806-6755 |