Quimioterapia para câncer de mama no estado do Rio de Janeiro frente à pandemia de Covid-19: uma análise de séries temporais

Introdução: O câncer é uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo. Estimam-se 483 mil novos casos no país, para cada ano do triênio 2023-2025, excetuando-se o câncer de pele não melanoma, sendo o câncer de mama o mais incidente em mulheres, com 74 mil novos casos. Após a declaração da...

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Bibliographic Details
Main Authors: Natalia Farias Santos, Claudia Garcia Serpa Osorio-de-Castro, Mario Jorge Sobreira-da-Silva
Format: Article
Language:English
Published: Instituto Nacional de Câncer (INCA) 2023-08-01
Series:Revista Brasileira de Cancerologia
Subjects:
Online Access:https://rbc.inca.gov.br/index.php/revista/article/view/3982
Description
Summary:Introdução: O câncer é uma das principais causas de morte no Brasil e no mundo. Estimam-se 483 mil novos casos no país, para cada ano do triênio 2023-2025, excetuando-se o câncer de pele não melanoma, sendo o câncer de mama o mais incidente em mulheres, com 74 mil novos casos. Após a declaração da pandemia da covid-19 pela Organização Mundial da Saúde, vários Estados brasileiros estabeleceram medidas restritivas, visando à redução da contaminação, e os centros de referência em diagnóstico do câncer foram impactados. Objetivo: Analisar séries temporais das quantidades de procedimentos aprovados de quimioterapia para câncer de mama antes e durante a pandemia da covid-19 nos estabelecimentos habilitados para alta complexidade em oncologia no Estado do Rio de Janeiro. Método: Estudo descritivo com análises de séries temporais e ecológica, usando dados públicos de procedimentos de quimioterapia autorizados pelo Sistema Único de Saúde entre março de 2018 e fevereiro de 2021. Resultados: Foram identificados 394.926 procedimentos, representando um aumento de 47% com tendência linear crescente (R2=0,5203) no período. Verificou-se um aumento de procedimentos para câncer de mama receptor hormonal positivo (46%) e carcinoma de mama HER-2 positivo (900%). Conclusão: Observou-se um aumento nos procedimentos de quimioterapia, assim como uma diminuição do deslocamento de tratamento dos grandes centros. Os resultados apontam para uma possível resposta efetiva da rede de atendimento e fortalecimento da regionalização durante o primeiro ano da pandemia.
ISSN:2176-9745