Distribuição da altura uterina ao longo da gestação em uma coorte brasileira: comparação com a curva de referência do Centro Latino-Americano de Perinatologia Distribution of uterine height during pregnancy in a Brazilian cohort: comparison with the reference curve of the Centro Latino-Americano de Perinatologia
OBJETIVOS: descrever, em gestantes do Estudo Brasileiro do Diabetes Gestacional (EBDG), a distribuição da altura uterina de acordo com a idade gestacional e validar a curva do Centro Latino-Americano de Perinatologia (CLAP), curva de referência para a predição de anormalidades do crescimento fetal....
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Format: | Article |
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Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia
2006-09-01
|
Series: | Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia |
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author | Maria Lúcia Rocha Oppermann Bruce Bartholow Duncan Sotero Serrate Mengue José Geraldo Lopes Ramos Suzanne Jacob Serruya Maria Inês Schmidt |
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description | OBJETIVOS: descrever, em gestantes do Estudo Brasileiro do Diabetes Gestacional (EBDG), a distribuição da altura uterina de acordo com a idade gestacional e validar a curva do Centro Latino-Americano de Perinatologia (CLAP), curva de referência para a predição de anormalidades do crescimento fetal. MÉTODOS: o EBDG é uma coorte de 5564 gestantes, com mais de 19 anos, seguidas até e após o parto. Entrevistas e medidas antropométricas padronizadas foram feitas no arrolamento entre a 20ª e a 28ª semana. Os prontuários foram revisados segundo protocolo padronizado, abrangendo os períodos de pré-natal e parto. As análises referem-se a 3539 gestantes com datação da gravidez confirmada por ultra-sonografia. Determinamos as propriedades diagnósticas dos percentis 10 e 90 de altura uterina de ambas as curvas (EBDG e CLAP) como indicadores de anormalidade no peso neonatal. RESULTADOS: as medidas de altura uterina no EBDG foram maiores que as do CLAP em todas as semanas de gestação (1 a 4 cm e 2 a 6 cm, respectivamente, nos percentis 10 e 90). O percentil 10 do CLAP identificou como pequenas as medidas uterinas de 0,3 a 1,7% das gestantes brasileiras, ao passo que o percentil 90 classificou como grandes as medidas uterinas de 42 a 57% das brasileiras. A sensibilidade do percentil 10 do CLAP para predizer recém-nascidos pequenos para a idade gestacional variou de 0,8 a 6% e a especificidade do percentil 90 para predizer grandes para a idade gestacional, de 46 a 61%. CONCLUSÕES: a curva de referência do CLAP não reflete o padrão de crescimento uterino das gestantes brasileiras, limitando sua capacidade de identificar anormalidades de crescimento fetal, especialmente a restrição de crescimento.<br>PURPOSE: to describe, in participants of the Brazilian Study of Gestational Diabetes (EBDG), the percentile distribution of uterine height by gestational age and to validate the use of percentiles of the chart derived by the "Centro Latino-Americano de Perinatologia" (CLAP), used as reference in predicting abnormal fetal growth. METHODS: the EBDG is a cohort study of 5564 pregnant women older than 19 years, followed through and after delivery. Interviews and standardized anthropometry were performed at baseline between 20-28 weeks. Medical records covering prenatal and delivery periods were then reviewed following a standardized approach. Analyses pertain to 3539 women with gestational age confirmed by ultrasound. Diagnostic properties of the 10th and the 90th percentiles of both charts (EBDG and CLAP) as predictors of abnormal neonatal weight were determined. RESULTS: uterine height was higher in EBDG than in the CLAP chart at every gestational week, being 1-4 and 2-6 cm greater, at the 10th and 90th percentiles respectively. The CLAP 10th percentile classified as small the uterine heights of only 0.3 to 1.7% of Brazilian women, while the 90th percentile classified as large the uterine heights of 42 to 57% of the sample. The sensitivity of CLAP percentile 10 in the prediction of small for gestational age varied from 0.8 to 6% and the specificity of CLAP percentile 90 in the prediction of large for gestational age, from 46 to 61%. CONCLUSIONS: the CLAP uterine height reference chart does not reflect the current uterine growth pattern of pregnant Brazilians, limiting its clinical applicability in the detection of abnormal fetal growth, especially intrauterine growth restriction. |
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