Ato de leitura: quando o povo Kotiria nos conta

A partir do conceito de linguagem como ato performativo, proposto por John L. Austin em 1962, este trabalho busca expandir tal concepção também para a leitura, entendendo-a não como atividade passiva, mas que age sobre os indivíduos e em toda a cadeia discursiva. Desconstruindo a dicotomia fala/escr...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Patrick Rezende, Lillian DePaula
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Estadual de Londrina 2017-05-01
Series:Terra Roxa e Outras Terras: Revista de Estudos Literários
Subjects:
Online Access:https://ojs.uel.br/revistas/uel/index.php/terraroxa/article/view/30389
Description
Summary:A partir do conceito de linguagem como ato performativo, proposto por John L. Austin em 1962, este trabalho busca expandir tal concepção também para a leitura, entendendo-a não como atividade passiva, mas que age sobre os indivíduos e em toda a cadeia discursiva. Desconstruindo a dicotomia fala/escrita à luz de Derrida em seu A farmácia de Platão, refletir-se-á sobre a importância de se recuperar as narrativas indígenas e promover leituras a partir delas como formas de reparação, isto é, como forma de levar adiante uma prática social que povo Canela chama de to mpey. O presente trabalho se apresenta como um ato de leitura dos processos de reencontro do povo Kotiria, indígenas situados na fronteira entre Brasil e Colômbia, com suas histórias, e também como forma de agir a partir da leitura de tais narrativas, convidando os leitores a conhecerem mais sobre esse povo e buscar modos apaziguar os séculos de silenciamento de toda uma cultura.
ISSN:1678-2054