SER FEMINISTA NÃO É UMA ESCOLHA: A LUTA PELA IGUALDADE DE GÊNERO DEVE SER DE TODAS, TODOS, TOD@S E TODOS OS DIAS.
Este artigo reflete a discussão sobre o feminismo ao longo tempo. A luta das mulheres por participação, voz, equidade e respeito na sociedade existente há séculos, desde as “bruxas” perseguidas na idade média até as lutas travadas nas ruas para conquistar o direito ao voto. Concordamos com a filóso...
Main Author: | |
---|---|
Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
IFMT
2022-02-01
|
Series: | Revista Alembra |
Subjects: | |
Online Access: | http://periodicos.cfs.ifmt.edu.br/periodicos/index.php/alembra/article/view/64 |
_version_ | 1797823360380436480 |
---|---|
author | ELIANE DOLENS ALMEIDA GARCIA GARCIA |
author_facet | ELIANE DOLENS ALMEIDA GARCIA GARCIA |
author_sort | ELIANE DOLENS ALMEIDA GARCIA GARCIA |
collection | DOAJ |
description |
Este artigo reflete a discussão sobre o feminismo ao longo tempo. A luta das mulheres por participação, voz, equidade e respeito na sociedade existente há séculos, desde as “bruxas” perseguidas na idade média até as lutas travadas nas ruas para conquistar o direito ao voto. Concordamos com a filósofa francesa existencialista Simone de Beauvoir (1949), “ninguém nasce mulher, torna-se mulher”. Logo, condicionar o ser mulher ao simples fato de ter nascido do gênero feminino resume sua imagem a uma condição de sexo frágil ou segundo sexo, fadada a executar tarefas enfadonhas, reprodutivas e sem remuneração. Para Judith Butler (2010) o ser humano não tem a sua essência ou identidade definida ao nascer, pois primeiro existimos e a partir de nossa orientação sexual é que definimos a nossa essência. Considerando que o homem é um ser social e que se constrói a partir da socialização e das interações, como as mulheres poderiam se constituir como figuras ativas na sociedade, já que o seu papel se limitou por séculos, a ser desempenhado no seio da família e de forma invisível, delineando a falta de equidade e igualdade de participação na sociedade? Já na década de 20, um século atrás, a revolucionária russa Alexandra Kollontai (2011) abordava a importância de alternativas públicas, como restaurantes e lavanderias para que a mulher pudesse se libertar dos trabalhos domésticos, ao mesmo tempo que defendia a importância de se estabelecer uniões entre pessoas livres. Discutir o feminismo igualitário é dialogar com uma realidade insurgente e plural onde grande parte das mulheres encontram-se inseridas e atuando num cenário de desigualdade, violência, fome e desemprego ainda mais agravado pela pandemia ocasionada pelo Novo Corona vírus, que teve início no final de 2019 e ainda assola países no mundo inteiro. Enquanto base da construção teórica, serão tomados como referência ativistas e filósofos como Flora Tristan (1838), Mary Wollstonecraft (1971), Neuma Aguiar (1984), Mikhail M. Bakhtin (2014) Olimpe Gouges (2017), Chimamanda Ngozi Adichie (2017) e Emma Watson (2017), bem como outros que versam sobre este tema e impulsionam um sentimento de sororidade na condução da transformação das estruturas sociais.
|
first_indexed | 2024-03-13T10:22:52Z |
format | Article |
id | doaj.art-6fc5228f934e4ed89c41f97ddecaafc0 |
institution | Directory Open Access Journal |
issn | 2596-2671 |
language | Portuguese |
last_indexed | 2024-03-13T10:22:52Z |
publishDate | 2022-02-01 |
publisher | IFMT |
record_format | Article |
series | Revista Alembra |
spelling | doaj.art-6fc5228f934e4ed89c41f97ddecaafc02023-05-20T00:31:13ZporIFMTRevista Alembra2596-26712022-02-013710.47270/RA.2596-2671.2021.v3.n7.id1306SER FEMINISTA NÃO É UMA ESCOLHA: A LUTA PELA IGUALDADE DE GÊNERO DEVE SER DE TODAS, TODOS, TOD@S E TODOS OS DIAS.ELIANE DOLENS ALMEIDA GARCIA GARCIA0UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO Este artigo reflete a discussão sobre o feminismo ao longo tempo. A luta das mulheres por participação, voz, equidade e respeito na sociedade existente há séculos, desde as “bruxas” perseguidas na idade média até as lutas travadas nas ruas para conquistar o direito ao voto. Concordamos com a filósofa francesa existencialista Simone de Beauvoir (1949), “ninguém nasce mulher, torna-se mulher”. Logo, condicionar o ser mulher ao simples fato de ter nascido do gênero feminino resume sua imagem a uma condição de sexo frágil ou segundo sexo, fadada a executar tarefas enfadonhas, reprodutivas e sem remuneração. Para Judith Butler (2010) o ser humano não tem a sua essência ou identidade definida ao nascer, pois primeiro existimos e a partir de nossa orientação sexual é que definimos a nossa essência. Considerando que o homem é um ser social e que se constrói a partir da socialização e das interações, como as mulheres poderiam se constituir como figuras ativas na sociedade, já que o seu papel se limitou por séculos, a ser desempenhado no seio da família e de forma invisível, delineando a falta de equidade e igualdade de participação na sociedade? Já na década de 20, um século atrás, a revolucionária russa Alexandra Kollontai (2011) abordava a importância de alternativas públicas, como restaurantes e lavanderias para que a mulher pudesse se libertar dos trabalhos domésticos, ao mesmo tempo que defendia a importância de se estabelecer uniões entre pessoas livres. Discutir o feminismo igualitário é dialogar com uma realidade insurgente e plural onde grande parte das mulheres encontram-se inseridas e atuando num cenário de desigualdade, violência, fome e desemprego ainda mais agravado pela pandemia ocasionada pelo Novo Corona vírus, que teve início no final de 2019 e ainda assola países no mundo inteiro. Enquanto base da construção teórica, serão tomados como referência ativistas e filósofos como Flora Tristan (1838), Mary Wollstonecraft (1971), Neuma Aguiar (1984), Mikhail M. Bakhtin (2014) Olimpe Gouges (2017), Chimamanda Ngozi Adichie (2017) e Emma Watson (2017), bem como outros que versam sobre este tema e impulsionam um sentimento de sororidade na condução da transformação das estruturas sociais. http://periodicos.cfs.ifmt.edu.br/periodicos/index.php/alembra/article/view/64PatriarcadoFeminismoLiberaçãoEquidade e Igualdade |
spellingShingle | ELIANE DOLENS ALMEIDA GARCIA GARCIA SER FEMINISTA NÃO É UMA ESCOLHA: A LUTA PELA IGUALDADE DE GÊNERO DEVE SER DE TODAS, TODOS, TOD@S E TODOS OS DIAS. Revista Alembra Patriarcado Feminismo Liberação Equidade e Igualdade |
title | SER FEMINISTA NÃO É UMA ESCOLHA: A LUTA PELA IGUALDADE DE GÊNERO DEVE SER DE TODAS, TODOS, TOD@S E TODOS OS DIAS. |
title_full | SER FEMINISTA NÃO É UMA ESCOLHA: A LUTA PELA IGUALDADE DE GÊNERO DEVE SER DE TODAS, TODOS, TOD@S E TODOS OS DIAS. |
title_fullStr | SER FEMINISTA NÃO É UMA ESCOLHA: A LUTA PELA IGUALDADE DE GÊNERO DEVE SER DE TODAS, TODOS, TOD@S E TODOS OS DIAS. |
title_full_unstemmed | SER FEMINISTA NÃO É UMA ESCOLHA: A LUTA PELA IGUALDADE DE GÊNERO DEVE SER DE TODAS, TODOS, TOD@S E TODOS OS DIAS. |
title_short | SER FEMINISTA NÃO É UMA ESCOLHA: A LUTA PELA IGUALDADE DE GÊNERO DEVE SER DE TODAS, TODOS, TOD@S E TODOS OS DIAS. |
title_sort | ser feminista nao e uma escolha a luta pela igualdade de genero deve ser de todas todos tod s e todos os dias |
topic | Patriarcado Feminismo Liberação Equidade e Igualdade |
url | http://periodicos.cfs.ifmt.edu.br/periodicos/index.php/alembra/article/view/64 |
work_keys_str_mv | AT elianedolensalmeidagarciagarcia serfeministanaoeumaescolhaalutapelaigualdadedegenerodeveserdetodastodostodsetodososdias |