PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM PESQUISA DE ANTICORPO IRREGULAR POSITIVA DE AGÊNCIAS TRANSFUSIONAIS DO HEMOVITA CAXIAS
Objetivos: Na prática transfusional há contato frequente com anticorpos, sendo alguns considerados naturais como do grupo ABO e outros anticorpos produzidos devido a exposição a antígenos eritrocitários não próprios, considerados irregulares, como do grupo Rh, Kell, dentre outros. Assim, o estudo ob...
Main Authors: | , , |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Elsevier
2023-10-01
|
Series: | Hematology, Transfusion and Cell Therapy |
Online Access: | http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2531137923015705 |
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author | JD Ramos CA Kreisig MA Leite |
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description | Objetivos: Na prática transfusional há contato frequente com anticorpos, sendo alguns considerados naturais como do grupo ABO e outros anticorpos produzidos devido a exposição a antígenos eritrocitários não próprios, considerados irregulares, como do grupo Rh, Kell, dentre outros. Assim, o estudo objetiva estabelecer o perfil epidemiológico dos pacientes com anticorpos irregulares, bem como identificar os principais anticorpos irregulares encontrados em pacientes atendidos por agências transfusionais do Hemovita Caxias, no período de dezembro de 2022 à julho de 2023. Materiais e métodos: Foi realizado um estudo transversal, descritivo, retrospectivo utilizando a base de dados do serviço. Resultados: Foram encontrados 40 pacientes com pesquisa de anticorpos irregulares positiva, 35% (14) do sexo masculino e 65% (26) feminino. A mediana de idade foi de 76 anos. Destes, 7,5% (3) apresentaram tipagem A Negativo, 27,5% (11) A Positivo, 12,5% (5) B Positivo, 7,5% (3) AB Negativo, 20% (8) O Negativo e 25% (10) O Positivo. Do total dos pacientes, 2,5% (1) tiveram um dos diagnósticos: AHAI, LLC, LMA, SMD, hemorragia digestiva alta, aplasia pura de série eritróide e AVC hemorrágico. Ainda, 5% (2) apresentavam diagnóstico de mieloma múltiplo, 7,5% (3) manifestaram algum diagnóstico hematológico, 27,5% (11) eram pacientes com anemia ferropriva, 37,5% (15) pacientes que passariam por procedimento cirúrgico e 2,5% (1) tratava-se de prematuro, logo, a amostra utilizada foi a materna. Dos anticorpos identificados, Anti-M, Autoanticorpo Anti-e, Anti-S, Autoanticorpo Anti-c, combinação Anti-C e Anti-K e combinação Anti-D, Anti-C, Anti-E e Anti-K foram encontrados em 2,5% (1) dos pacientes respectivamente. Identificou-se, Anti-Fya e Anti-K em 7,5% (3). Autoanticorpo Anti-E e a combinação de Anti-D e Anti-C foi encontrada em 5% (2). Identificou-se 17,5% (7) dos pacientes com Anti-D isoladamente, 10% (4) com Anti-Dia, em 17,5% (6) apresentaram autoanticorpo sem especificidade definida com ausência de aloanticorpo, e 10% (4) não foi possível a identificação do anticorpo devido à baixa titulação, 2,5% (1) negativou a PAI após tratamento com Dithiothreitol, e 2,5% (1) apresentou teste inconclusivo, possível presença de IgM. Dos 40 pacientes, 52,5% (21) já entraram no serviço com PAI positiva. Discussão: Devido a 65% (26) dos pacientes estudos pertencerem ao sexo feminino, foram observados a prevalência de anticorpos dirigidos ao sistema Rh e Kell, que estão frequentemente ligados a Doença Hemolítica do Feto e Recém-nascido. Também, por 35% dos pacientes apresentarem tipagem A e 45% tipagem O, comprovou-se a necessidade de se ter no estoque, essencialmente, concentrados de hemácias A e O com fenotipagem Rh e Kell e alguns CH com fenotipagem estendida, pois 12,5% (5) apresentaram anticorpos dirigidas a sistemas como Duffy e MNS. Conclusão: A aloimunização eritrocitária pode complicar uma transfusão. A busca por bolsas compatíveis deve ser feita criteriosamente para se encontrar um hemocomponente seguro, evitando reações transfusionais. Manter um estoque de hemocomponentes fenotipados em sua totalidade ainda é uma prática monetariamente inviável e demanda uma rotina laboriosa. |
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