Papel do Instrutor de Pediatric Advanced Life Support na Aplicação das Melhores Práticas em Ressuscitação Pediátrica

Resumo: Introdução: A parada cardiorrespiratória é um evento emergencial que requer tanto a identificação precoce de sinais de deterioração clínica quanto ações rápidas e eficazes para a sua reversão. Muitos médicos e enfermeiros que atendem crianças procuram se capacitar no atendimento desses eve...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Lisiane Valdez Gaspary, Edison Ferreira de Paiva
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Associção Brasileira de Educação Médica 2020-11-01
Series:Revista Brasileira de Educação Médica
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-55022020000400219&tlng=pt
Description
Summary:Resumo: Introdução: A parada cardiorrespiratória é um evento emergencial que requer tanto a identificação precoce de sinais de deterioração clínica quanto ações rápidas e eficazes para a sua reversão. Muitos médicos e enfermeiros que atendem crianças procuram se capacitar no atendimento desses eventos, realizando o curso Pediatric Advanced Life Support (PALS), tornando-se posteriormente instrutores. O objetivo desta pesquisa foi conhecer a percepção do instrutor de PALS sobre seu papel na articulação entre o cenário simulado e o real da ressuscitação pediátrica. Método: Trata-se de uma abordagem qualitativa em que se utilizou a entrevista semiestruturada como técnica de pesquisa. Foram realizadas 12 entrevistas com instrutores do PALS vinculados a variados centros de treinamento em São Paulo. Os dados qualitativos das entrevistas seguiram o método de análise proposto por Minayo, e o marco teórico adotou os conceitos de campo e habitus de Pierre Bourdieu. Resultados: A análise das entrevistas mostrou que os médicos e enfermeiros se sentem reconhecidos e seguros, conduzem melhor a equipe, realizam intervenção construtiva, sugerem mais treinamentos em ressuscitação pediátrica e implantam melhorias nos serviços após se tornarem instrutores do PALS. O habitus incorporado no campo simulado foi reproduzido pelos instrutores no campo da assistência, exceto na aplicação do debriefing. Conclusão: O papel dos instrutores foi de multiplicação das boas práticas, envolvendo as equipes e favorecendo a realização de atendimentos sistematizados e baseados em evidências, com resultados positivos no dia a dia das instituições hospitalares.
ISSN:1981-5271