Obesidade mórbida em mulheres - Estilos alimentares e qualidade de vida

A obesidade mórbida tem sido amplamente estudada em função de sua incidência e por suas conseqüências à saúde. Estudos têm destacado como variáveis relevantes os estilos alimentares e a qualidade de vida. Objetiva-se investigar os estilos alimentares e a qualidade de vida de mulheres com obesidade m...

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Bibliographic Details
Main Authors: Graziela Aparecida Nogueira de Almeida, Sonia Regina Loureir0, José Ernesto dos Santos
Format: Article
Language:English
Published: Sociedad Latinoamericana de Nutrición 2001-12-01
Series:Archivos Latinoamericanos de Nutrición
Subjects:
Online Access:http://wwww.scielo.org.ve/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004-06222001000400006
Description
Summary:A obesidade mórbida tem sido amplamente estudada em função de sua incidência e por suas conseqüências à saúde. Estudos têm destacado como variáveis relevantes os estilos alimentares e a qualidade de vida. Objetiva-se investigar os estilos alimentares e a qualidade de vida de mulheres com obesidade mórbida, pacientes do Ambulatório de Distúrbios de Conduta Alimentar do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto da Universidade de São Paulo. Foram sujeitos 60 mulheres, sendo 30 obesas (Índice de Massa Corporal - IMC>40 kg/m²) e 30 não-obesas (IMC entre 20 e 25 kg/m²). Procedeu-se à aplicação de uma entrevista semi-estruturada, do Questionário Holandês de Comportamento Alimentar e do Exame de Saúde após tradução para a língua portuguesa e adaptação dos mesmos. Os dados foram cotados e quantificados, procedendo-se à comparação dos grupos através do Teste de Mann-Whitney. Os grupos diferiram significativamente quanto às subescalas alimentação restrita (p<0.001) com valores inferiores para o grupo de obesas, e alimentação emocional (p<0.01) com valores superiores para o grupo de obesas, não tendo se diferenciado quanto à alimentação externa. Também diferiram quanto às limitações físicas e sociais (p<0.001), à presença de indicadores emocionais (p<0.001) e ao estado geral de saúde (p<0.001), em todas as categorias com valores superiores para o grupo de obesas, caracterizando maior dificuldade. Conclui-se que: a) os três estilos alimentares parecem contribuir para explicar a dificuldade quanto ao controle alimentar, sem contudo terem um caráter exclusivo na caracterização da obesidade; b) as mulheres morbidamente obesas apresentaram maior comprometimento na qualidade de vida, bem como percepção adequada quanto aos prejuízos relativos às condições de saúde, podendo ser este um indicador favorável à abordagem terapêutica<br>Morbid obesity in women - Eating style end quality of life. Morbid obesity has been widely studied due to its high incidence and its bad consequences to health. Studies about obesity have been emphasived some important aspects such as eating styles and quality of life. This study aim to investigate the eating styles and the quality of life of women with morbid obesity, patients in treatment at the Ambulatory of Eating Disorders, University Hospital of the Faculty of Medicine of Ribeirão Preto, University of São Paulo. Sixty women were assessed, 30 obese (Body Mass Index - BMI > 40 kg/m²) and 30 nonobese (BMI 20 to 25 kg/m²). A semi-structured interview, the Dutch Eating Behaviour Questionnaire and the Short-form Health Survey: Medical Outcomes Study were used for the assessment, after translate to portuguese and adapted. The data were rated and quantified and the groups were statistically analyzed through the Tests of Mann-Whitney. The groups differed significantly as for restrained (p<0.001) and emotional eating (p<0.01), and did not differ as for external eating. The groups also differed in quality of life, concerning physical and social limitations (p<0.001), the presence of emotional indicators (p<0.001) and general health condition (p<0.001). Findings suggest that eating styles contribute to explain the difficult of eating control - but are not only factor in the obesity characterization. Moreover, morbidly obese women presented a quality of life more compromised and have an adequate perception of their physical, social and emotional limitations. That might favor a therapeutic approach to them
ISSN:0004-0622