História, ausência e mito historiográfico: um estudo sobre o diálogo entre Marshall Sahlins e a História (1950-1980)

O antropólogo norte-americano Marshall Sahlins é famoso por seu diálogo com a História. Paradoxalmente, entre 1950 e 1980, esse diálogo foi marcado pela ausência de historiadores. Mas como isso foi possível? Como Sahlins manteve um diálogo com a História durante tanto tempo com historiadores ausente...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Felipe Souza Leão de Oliveira
Format: Article
Language:English
Published: Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP); Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) 2018-04-01
Series:História da Historiografia
Subjects:
Online Access:https://www.historiadahistoriografia.com.br/revista/article/view/1322
Description
Summary:O antropólogo norte-americano Marshall Sahlins é famoso por seu diálogo com a História. Paradoxalmente, entre 1950 e 1980, esse diálogo foi marcado pela ausência de historiadores. Mas como isso foi possível? Como Sahlins manteve um diálogo com a História durante tanto tempo com historiadores ausentes? Nossa hipótese é que isso se tornou factível graças a um mito historiográfico presente nos seus textos: o mito do historiador convencional. Para testarmos nossa hipótese, trabalharemos com escritos de Sahlins e outros antropólogos. Tentaremos, com esses escritos, mapear seu diálogo com a História e reconstituir o contexto em que ele se desenvolveu. Usaremos também o conceito de mito historiográfico, do historiador Sérgio da Mata. Nossa conclusão é que esse mito historiográfico de Sahlins foi sustentado pela ausência de historiadores, e vice-versa - algo que deixou sua marca no diálogo entre ele e a História.
ISSN:1983-9928