Ceuta: muy bom sumydoiro de gente de uossa terra e darmas e de dinheiro

A manutenção e defesa da praça marroquina de Ceuta, desde a sua conquista, em 1415, até à sua integração na Coroa de Castela, em 1656, gerou dilemas para alguns monarcas e originou opiniões contraditórias. A carta de D. João III enviada à Câmara de Lisboa, em 1534, pode entender-se como um testemun...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Natália Maria Antónia
Format: Article
Language:English
Published: Câmara Municipal de Lisboa 2015-12-01
Series:Cadernos do Arquivo Municipal
Subjects:
Online Access:https://cadernosarquivo.cm-lisboa.pt/index.php/am/article/view/266
Description
Summary:A manutenção e defesa da praça marroquina de Ceuta, desde a sua conquista, em 1415, até à sua integração na Coroa de Castela, em 1656, gerou dilemas para alguns monarcas e originou opiniões contraditórias. A carta de D. João III enviada à Câmara de Lisboa, em 1534, pode entender-se como um testemunho das dúvidas e indecisões da Coroa Portuguesa quanto à política a seguir no norte de África. Neste artigo pretendemos, através de alguns indicadores numéricos sobre os recursos gastos com o abastecimento da praça marroquina de Ceuta, responder às seguintes questões: Ceuta foi realmente onerosa para o Reino de Portugal? Até que ponto os avultados custos aplicados na sua defesa e abastecimento se encontram indissociavelmente ligados às causas da sua conquista e fases de manutenção?
ISSN:2183-3176