Doutrinas e profilaxia da tuberculose em Portugal nos finais do século XIX
A tuberculose é hoje tida como uma doença infetocontagiosa. Todavia, até finais do século XIX perseveraram duas doutrinas opostas, a da hereditariedade e a do contágio. Mesmo após a revolução pasteuriana e as provas laboratoriais da infeto-contagiosidade demonstradas por Villemin (1865) e por Ko...
Main Author: | |
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Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Coimbra University Press
2013-11-01
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Series: | Revista de História da Sociedade e da Cultura |
Subjects: | |
Online Access: | https://impactum-journals.uc.pt/rhsc/article/view/15033 |
Summary: | A tuberculose é hoje tida como uma doença infetocontagiosa. Todavia, até finais do século XIX perseveraram duas doutrinas opostas, a da hereditariedade e a do contágio.
Mesmo após a revolução pasteuriana e as provas laboratoriais da infeto-contagiosidade demonstradas por Villemin (1865) e por Koch (1882), a comunidade médica portuguesa tardou em perfilhar o contagionismo da tuberculose mantendo-se fiel à doutrina da hereditariedade. Esta questão teve como consequência, além da errada formação dos médicos, o atraso das campanhas profiláticas num país pobre e fustigado pela tuberculose, que era das primeiras causas de morte em Portugal. Neste trabalho pretende-se discutir um tema antigo da medicina portuguesa, nomeadamente a difícil aceitação da doutrina da contagiosidade da tuberculose e a sua influência na prevenção organizada.
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ISSN: | 1645-2259 2183-8615 |