Anticoagulação oral nos muito idosos e seus determinantes clínicos
Objectivos: Determinar a frequência de anticoagulação nos idosos com 80 ou mais anos de idade inscritos numa USF, analisar factores associados à instituição desta terapêutica, caracterizar o subgrupo de doentes com fibrilação auricular quanto à pontuação nas escalas CHA2DS2VASc e HAS-BLED e a...
Main Authors: | , |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar
2012-05-01
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Series: | Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar |
Subjects: | |
Online Access: | https://rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/view/10939 |
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author | Márcia Christel Sá Maria João Balsa |
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Objectivos: Determinar a frequência de anticoagulação nos idosos com 80 ou mais anos de idade inscritos numa USF, analisar
factores associados à instituição desta terapêutica, caracterizar o subgrupo de doentes com fibrilação auricular quanto à pontuação
nas escalas CHA2DS2VASc e HAS-BLED e analisar a prescrição antitrombótica respectiva.
Tipo de estudo: Estudo observacional analítico transversal.
Local: Unidade de Saúde Familiar Saúde em Família, Maia, Portugal.
População: Utentes inscritos nesta Unidade de Saúde Familiar com 80 ou mais anos de idade.
Métodos: Foi realizada uma colheita de dados dos processos electrónicos de uma amostra aleatória de 266 utentes. Foram registados
idade e sexo do utente, prescrição de anticoagulantes orais e antiagregantes plaquetários, possíveis motivos clínicos
e contra-indicações para anticoagulação, assim como patologias cardiovasculares associadas, último registo tensional e de índice
de massa corporal.
Resultados: A frequência de anticoagulação foi de 6,8% (IC95%: 3,7-9,8%). Da análise dos factores associados à anticoagulação,
destacam-se com valores estatisticamente significativos os diagnósticos de fibrilação/flutter auricular, embolia pulmonar,
doença arterial periférica, insuficiência cardíaca e enfarte agudo do miocárdio. Dos 31 utentes com fibrilação auricular, 35,5%
estavam anticoagulados, 9,7% estavam anticoagulados e antiagregados, 45,2% estavam antiagregados e 9,7% não tinham terapêutica
antitrombótica prescrita. Os utentes com esta arritmia tinham, segundo a escala de risco trombótico, indicação para
anticoagulação.
Conclusões: A frequência de anticoagulação entre os utentes muito idosos desta unidade de saúde é elevada. A fibrilação auricular
é o motivo provável da anticoagulação da maioria dos utentes. Grande parte dos indivíduos com esta arritmia encontrava-se sob terapêutica antitrombótica, mas a percentagem de utentes anticoagulados foi menor do que a esperada, de acordo
com a ponderação das pontuações de risco trombótico e hemorrágico.
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