Summary: | RESUMO Objetivo investigar se existe associação entre a frequência de ocorrência dos sintomas vocais, a intensidade do desvio vocal e o diagnóstico laríngeo em pacientes com diferentes distúrbios da voz. Métodos Participaram do estudo 330 pacientes com queixa vocal, distribuídos em cinco grupos de acordo com o diagnóstico laringológico: G1-sem lesão laríngea, G2-lesões benignas das pregas vocais, G3-distúrbio neurológico da voz, G4-fenda glótica sem causa orgânica ou neurológica e G5-distúrbio de voz secundário a refluxo gastroesofágico. Foram alocados em cinco grupos, de acordo com o diagnóstico laríngeo. Todos os participantes responderam à Escala de Sintomas Vocais (ESV) e gravaram a vogal /ɛ/ sustentada, que foi analisada quanto à intensidade do desvio vocal por meio de uma escala analógico-visual. Resultados Houve diferença nos escores total, de limitação e físico da ESV entre diferentes grupos diagnósticos. Pacientes com lesão na porção membranosa das pregas vocais apresentaram maior número de sintomas vocais em relação aos outros grupos diagnósticos. Observou-se correlação positiva entre a intensidade do desvio vocal e os escores total, de limitação e emocional da ESV. Pacientes com desvio vocal moderado e intenso apresentaram maior número de sintomas vocais que pacientes com vozes saudáveis ou com desvio leve. Conclusão Existe associação entre o diagnóstico laríngeo, a intensidade do desvio vocal e a frequência de ocorrência dos sintomas vocais. Pacientes com lesão benigna nas pregas vocais e com desvio vocal mais intenso apresentam maior frequência de sintomas vocais.
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