Telemedicina rural e COVID-19

Introdução: Diante da pandemia causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), evitar aglomerações e garantir o acesso aos serviços de saúde para aqueles que necessitam tem sido uma grande preocupação de profissionais e gestores. Na zona rural, as barreiras de acesso são ainda maiores. Métodos: Trata-se...

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Main Authors: Fábio Araujo Gomes de Castro, Álisson Oliveira dos Santos, Gustavo Valadares Labanca Reis, Luara Brandão Viveiros, Mariel Hespanhol Torres, Pedro Paulo de Oliveira Junior
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade 2020-06-01
Series:Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade
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Online Access:https://rbmfc.org.br/rbmfc/article/view/2484
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description Introdução: Diante da pandemia causada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2), evitar aglomerações e garantir o acesso aos serviços de saúde para aqueles que necessitam tem sido uma grande preocupação de profissionais e gestores. Na zona rural, as barreiras de acesso são ainda maiores. Métodos: Trata-se de relato de experiência da implantação de telemedicina via aplicativo de mensagens e chamadas por preceptor e residentes do Programa de Residência em Medicina de Família e Comunidade de Ouro Preto, em uma Unidade Básica de Saúde rural. Após três semanas da introdução da ferramenta, foi gerado manualmente um banco de dados por meio do programa Microsoft Excel® 2016, com posterior análise estatística descritiva. Resultados: No período analisado houve 329 interações por meio do WhatsApp, uma média de 25,3 pessoas por dia. Todas as demandas foram atendidas no prazo máximo de 24 horas. As teleconsultas foram realizadas nos formatos de mensagem escrita, áudios e videochamadas. A demanda para renovação de prescrições de medicamentos de uso continuado correspondeu a 20% dos atendimentos e a solicitação para análise de resultados de exames 9%. Dúvidas administrativas representaram 22% dos contatos realizados. Setenta e quatro por cento das teleconsultas foram resolvidas virtualmente e em 26% dos casos foi necessária avaliação presencial. Houve uma percepção positiva em relação à satisfação dos pacientes atendidos virtualmente, de acordo com os relatos dos Agentes Comunitários de Saúde e por meio de mensagens recebidas diretamente pela equipe médica pelo aplicativo. Conclusão: O uso de aplicativo de mensagens e chamadas, como ferramenta de telemedicina, mostrou ser uma estratégia viável durante a pandemia de SARS-CoV-2, especialmente importante no meio rural. Outros estudos serão necessários para investigar seus impactos no sistema de saúde e nos desfechos relevantes para a população.
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