Cold Spring Harbor Laboratory e o Eugenics Record Office (1890-1939): genética e eugenia

Durante o século XIX, a biologia se consolidou como disciplina dedicada ao estudo dos seres vivos e dos processos e sistemas a eles relacionados. Após a retomada dos trabalhos de Gregor Mendel (1822-1884) no início dos anos 1900, nas décadas que se seguiram foi se expandido o escopo da pesquisa biol...

Full description

Bibliographic Details
Main Author: Pietra Stefania Diwan
Format: Article
Language:English
Published: University of São Paulo (USP) / Brazilian Association of Philosophy and History of Biology (ABFHiB) 2022-07-01
Series:Filosofia e História da Biologia
Subjects:
Online Access:https://www.revistas.usp.br/fhb/article/view/fhb-v17-n1-05
Description
Summary:Durante o século XIX, a biologia se consolidou como disciplina dedicada ao estudo dos seres vivos e dos processos e sistemas a eles relacionados. Após a retomada dos trabalhos de Gregor Mendel (1822-1884) no início dos anos 1900, nas décadas que se seguiram foi se expandido o escopo da pesquisa biológica para compreender as leis da hereditariedade, inicialmente em vegetais para animais e mais tarde em humanos, não somente relacionada à cor dos olhos, mas também características do comportamento, inteligência e algumas doenças. Este artigo procura contar a história do funcionamento do Cold Spring Harbor Laboratory entre 1890 e 1939, abordando como as pesquisas eugênicas desenvolvidas por Charles Benedict Davenport (1866-1944) e por Harry Hamilton Laughlin (1880-1943) ganharam centralidade entre 1910 e 1930, tendo sido compreendidas por eles como, genética aplicada aos humanos. A pesquisa desenvolvida mostra que, a partir do final dos anos 1920, as ideias eugênicas de Davenport e Laughlin foram desacreditadas por outros cientistas e perderam o financiamento concedido por agências como a Carnegie Institution de Washington. Por fim, caíram no ostracismo após a Segunda Guerra Mundial e a revelação dos crimes cometidos pelos nazistas.
ISSN:2178-6224