A cidade é uma só?: autoficcionalização, interrogação do arquivo e sentido de dissenso
Por meio da articulação de duas estratégias fílmicas – a autoficcionalização dos personagens e a ressignificação de materiais de arquivos oficiais –, o documentário A cidade é uma só? propõe uma crítica radical ao discurso de poder que circunscreveu a Campanha de Erradicação das Invasões (CEI), inic...
Main Author: | |
---|---|
Format: | Article |
Language: | Portuguese |
Published: |
Universidade Federal do Rio Grande do Sul
2015-08-01
|
Series: | Intexto |
Subjects: | |
Online Access: | http://seer.ufrgs.br/index.php/intexto/article/view/49520/33962 |
Summary: | Por meio da articulação de duas estratégias fílmicas – a autoficcionalização dos personagens e a ressignificação de materiais de arquivos oficiais –, o documentário A cidade é uma só? propõe uma crítica radical ao discurso de poder que circunscreveu a Campanha de Erradicação das Invasões (CEI), iniciativa que removeu populações pobres da área central de Brasília, levando-as a formar as então chamadas cidades-satélites dos anos 70. Este trabalho propõe-se a uma análise do documentário de Adirley Queirós com vistas a apreender, pela materialidade fílmica, os modos como a obra viabiliza a ressignificação de uma memória coletiva à medida que os protagonistas se empoderam de representações sociais que colidem com as disposições do poder estabelecido. O próprio enunciado fílmico, assim, estrutura-se pelo sentido de dissenso, como aquilo que é próprio de uma política da arte (RANCIÈRE, 2005b). |
---|---|
ISSN: | 1807-8583 1807-8583 |