SÍNDROME DO DESFILADEIRO TORÁCICO COMPLICADA POR DUPLO ANEURISMA SUBCLÁVIO — UMA ABORDAGEM HÍBRIDA

Introdução: Aneurismas da artéria subclávia (AAS) são uma complicação extremamente rara da síndrome do desfiladeiro torácico (SDT). A dilatação arterial ocorre normalmente distalmente ao local de compressão que está na base do SDT. Descrevemos um caso particularmente raro de um doente com SDT neuro...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Ricardo Castro-Ferreira, Paulo Gonçalves Dias, Sérgio Moreira Sampaio, Dalila Rolim, José Fernando Teixeira
Format: Article
Language:Portuguese
Published: Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular 2017-12-01
Series:Angiologia e Cirurgia Vascular
Subjects:
Online Access:https://acvjournal.com/index.php/acv/article/view/32
_version_ 1828063075145613312
author Ricardo Castro-Ferreira
Paulo Gonçalves Dias
Sérgio Moreira Sampaio
Dalila Rolim
José Fernando Teixeira
author_facet Ricardo Castro-Ferreira
Paulo Gonçalves Dias
Sérgio Moreira Sampaio
Dalila Rolim
José Fernando Teixeira
author_sort Ricardo Castro-Ferreira
collection DOAJ
description Introdução: Aneurismas da artéria subclávia (AAS) são uma complicação extremamente rara da síndrome do desfiladeiro torácico (SDT). A dilatação arterial ocorre normalmente distalmente ao local de compressão que está na base do SDT. Descrevemos um caso particularmente raro de um doente com SDT neurológico com dois volumosos AAS proximal e distal ao triângulo interescaleno. Caso Clínico: Mulher, 55 anos, sem antecedentes de relevo. Actividade profissional desde a adolescência implica transporte manual de caixas pesadas diversas vezes ao dia. Foi referenciada à consulta de cirurgia vascular por sintomas neurológicos compatíveis com SDT. Angio-TC revelou a presença de dois volumosos AAS, de 31 e 42mm, separados pelo musculo escaleno anterior. Os aneurismas foram excluídos com stent recoberto (Viabahn) após ter sido comprovada patência do polígono de Willis por Doppler transcraniano. Subsequentemente a doente foi submetida a escalenotomia anterior. Constatou-se reversão total dos sintomas, tendo a doente tido alta 2 dias após a cirurgia. Angio-TC de controlo comprovou exclusão dos 2 AAS. Doente mantém-se assintomática aos 6 meses de follow-up. Discussão: O termo SDT foi originalmente utilizado em 1956 por RM Peet para descrever a compressão do feixe neurovascular ao nível do outlet torácico. O desenvolvimento de AAS é uma complicação rara, mas potencialmente perigosa da SDT. Embora historicamente tenha sido abordado por cirurgia aberta, os novos métodos endovasculares afirmam-se como uma opção elegante e de menor risco no tratamento de AAS. Embora a exérese da primeira costela se esteja a assumir como o tratamento a oferecer para a descompressão do desfiladeiro torácico, neste caso particular, a imagem e a história clínica foram altamente sugestivas de compressão pelo músculo escaleno. Este caso demonstra como as abordagens endovascular e aberta se podem conjugar para oferecer resultados aliciantes. Do nosso conhecimento, esta é a primeira descrição na literatura de dois aneurismas em série da artéria subclávia no contexto de SDT.
first_indexed 2024-04-10T22:38:26Z
format Article
id doaj.art-76b339a627a14650a06df95d988f8f64
institution Directory Open Access Journal
issn 1646-706X
2183-0096
language Portuguese
last_indexed 2024-04-10T22:38:26Z
publishDate 2017-12-01
publisher Sociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia Vascular
record_format Article
series Angiologia e Cirurgia Vascular
spelling doaj.art-76b339a627a14650a06df95d988f8f642023-01-16T09:21:22ZporSociedade Portuguesa de Angiologia e Cirurgia VascularAngiologia e Cirurgia Vascular1646-706X2183-00962017-12-0113410.48750/acv.32SÍNDROME DO DESFILADEIRO TORÁCICO COMPLICADA POR DUPLO ANEURISMA SUBCLÁVIO — UMA ABORDAGEM HÍBRIDARicardo Castro-FerreiraPaulo Gonçalves DiasSérgio Moreira SampaioDalila RolimJosé Fernando Teixeira Introdução: Aneurismas da artéria subclávia (AAS) são uma complicação extremamente rara da síndrome do desfiladeiro torácico (SDT). A dilatação arterial ocorre normalmente distalmente ao local de compressão que está na base do SDT. Descrevemos um caso particularmente raro de um doente com SDT neurológico com dois volumosos AAS proximal e distal ao triângulo interescaleno. Caso Clínico: Mulher, 55 anos, sem antecedentes de relevo. Actividade profissional desde a adolescência implica transporte manual de caixas pesadas diversas vezes ao dia. Foi referenciada à consulta de cirurgia vascular por sintomas neurológicos compatíveis com SDT. Angio-TC revelou a presença de dois volumosos AAS, de 31 e 42mm, separados pelo musculo escaleno anterior. Os aneurismas foram excluídos com stent recoberto (Viabahn) após ter sido comprovada patência do polígono de Willis por Doppler transcraniano. Subsequentemente a doente foi submetida a escalenotomia anterior. Constatou-se reversão total dos sintomas, tendo a doente tido alta 2 dias após a cirurgia. Angio-TC de controlo comprovou exclusão dos 2 AAS. Doente mantém-se assintomática aos 6 meses de follow-up. Discussão: O termo SDT foi originalmente utilizado em 1956 por RM Peet para descrever a compressão do feixe neurovascular ao nível do outlet torácico. O desenvolvimento de AAS é uma complicação rara, mas potencialmente perigosa da SDT. Embora historicamente tenha sido abordado por cirurgia aberta, os novos métodos endovasculares afirmam-se como uma opção elegante e de menor risco no tratamento de AAS. Embora a exérese da primeira costela se esteja a assumir como o tratamento a oferecer para a descompressão do desfiladeiro torácico, neste caso particular, a imagem e a história clínica foram altamente sugestivas de compressão pelo músculo escaleno. Este caso demonstra como as abordagens endovascular e aberta se podem conjugar para oferecer resultados aliciantes. Do nosso conhecimento, esta é a primeira descrição na literatura de dois aneurismas em série da artéria subclávia no contexto de SDT. https://acvjournal.com/index.php/acv/article/view/32Síndrome do Desfiladeiro TorácicoAneurisma da Artéria SubcláviaAbordagem Híbrida
spellingShingle Ricardo Castro-Ferreira
Paulo Gonçalves Dias
Sérgio Moreira Sampaio
Dalila Rolim
José Fernando Teixeira
SÍNDROME DO DESFILADEIRO TORÁCICO COMPLICADA POR DUPLO ANEURISMA SUBCLÁVIO — UMA ABORDAGEM HÍBRIDA
Angiologia e Cirurgia Vascular
Síndrome do Desfiladeiro Torácico
Aneurisma da Artéria Subclávia
Abordagem Híbrida
title SÍNDROME DO DESFILADEIRO TORÁCICO COMPLICADA POR DUPLO ANEURISMA SUBCLÁVIO — UMA ABORDAGEM HÍBRIDA
title_full SÍNDROME DO DESFILADEIRO TORÁCICO COMPLICADA POR DUPLO ANEURISMA SUBCLÁVIO — UMA ABORDAGEM HÍBRIDA
title_fullStr SÍNDROME DO DESFILADEIRO TORÁCICO COMPLICADA POR DUPLO ANEURISMA SUBCLÁVIO — UMA ABORDAGEM HÍBRIDA
title_full_unstemmed SÍNDROME DO DESFILADEIRO TORÁCICO COMPLICADA POR DUPLO ANEURISMA SUBCLÁVIO — UMA ABORDAGEM HÍBRIDA
title_short SÍNDROME DO DESFILADEIRO TORÁCICO COMPLICADA POR DUPLO ANEURISMA SUBCLÁVIO — UMA ABORDAGEM HÍBRIDA
title_sort sindrome do desfiladeiro toracico complicada por duplo aneurisma subclavio uma abordagem hibrida
topic Síndrome do Desfiladeiro Torácico
Aneurisma da Artéria Subclávia
Abordagem Híbrida
url https://acvjournal.com/index.php/acv/article/view/32
work_keys_str_mv AT ricardocastroferreira sindromedodesfiladeirotoracicocomplicadaporduploaneurismasubclavioumaabordagemhibrida
AT paulogoncalvesdias sindromedodesfiladeirotoracicocomplicadaporduploaneurismasubclavioumaabordagemhibrida
AT sergiomoreirasampaio sindromedodesfiladeirotoracicocomplicadaporduploaneurismasubclavioumaabordagemhibrida
AT dalilarolim sindromedodesfiladeirotoracicocomplicadaporduploaneurismasubclavioumaabordagemhibrida
AT josefernandoteixeira sindromedodesfiladeirotoracicocomplicadaporduploaneurismasubclavioumaabordagemhibrida