Summary: | O que a visão oficial da história chama de “Guerra Guaranítica”, a resistência Guarani denomina de massacre. O texto ora apresentado tem por matriz teórica os estudos que se colocam na contramão da História e da Geografia oficiais da formação territorial do Brasil. A perspectiva mobilizada tem por referência a “história dos vencidos”. A nossa abordagem se coloca ao lado da diretriz interpretativa indígena, isto é, o empenho esta em trazer à cena a resistência guaranítica contra o massacre dirigido pelas tropas ibéricas entre 1753 e 1756, nos territórios jesuíticos-guarani conhecidos como Sete Povos das Missões. Assim, numa leitura a “contrapelo” apresentamos uma peça cartográfica assinada pelo português José Custódio de Sá e Faria, dirigente militar, engenheiro e testemunho ocular do massacre de Caiboaté. A transgressão interpretativa consiste em captar a abrangência da resistência Guarani nos mapas militares históricos em meados do século XVIII.
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