Summary: | Discutir como professores de Ensino Médio, que não correspondem ao modelo de masculinidade hegemônico vigente em nossa sociedade, constroem e experienciam seus corpos e suas masculinidades na relação com atividade docente: nisso constituiu-se o objetivo deste texto. Analiso excertos narrativos, obtidos em entrevistas semiestruturadas, de cinco professores (Coringa, Davi, Dionísio, Híbrido e Ricardo) para tecer considerações que sugerem que os corpos e as masculinidades não hegemônicos dos professores são potencializados em seu processo constitutivo, nos encontros que estabelecem com os discentes. A sala de aula e outros espaços da escola tornam-se pontos de encontros onde ocorrem trocas de saberes, experiências e afetos que produzem transformações nos corpos e nos modos de ser homem desses sujeitos. A relação pedagógica entre alunos/as e professores torna-se um espaço produtor de heterotopias: forças desejantes e criativas que incidem sobre a construção de corporeidades-masculinas-docentes, isto é, neles instaura uma nova estética da existência.
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