Barreiras, para a notificação pelo pediatra, de maus-tratos infantis Barriers for reporter of child abuse by pediatricians
OBJETIVOS: determinar os fatores que interferem na notificação de maus-tratos infantis, pelos pediatras, aos serviços de proteção à criança. MÉTODOS: estudo observacional transversal. Uma amostra aleatória de pediatras de Porto Alegre foi selecionada entre 990 inscritos na sociedade de pediatria loc...
Main Authors: | , , , , , , , |
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Format: | Article |
Language: | English |
Published: |
Instituto Materno Infantil de Pernambuco
2005-03-01
|
Series: | Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil |
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author | Joelza M. Pires Marcelo Zubaran Goldani Elisabeth M. Vieira Tiago R. Nava Letícia Feldens Kelly Castilhos Vinícius Simas Núbia S. Franzon |
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description | OBJETIVOS: determinar os fatores que interferem na notificação de maus-tratos infantis, pelos pediatras, aos serviços de proteção à criança. MÉTODOS: estudo observacional transversal. Uma amostra aleatória de pediatras de Porto Alegre foi selecionada entre 990 inscritos na sociedade de pediatria local. Variáveis sócio-demográficas, formação profissional, conhecimento diante de casos de maus-tratos infantis foram obtidos através de questionário anônimo. Análises descritiva e multivariada foram utilizadas para determinar os fatores associados a não notificação. RESULTADOS: foram incluídos 97 pediatras dos quais 92 concordaram em participar do estudo. Oitenta identificaram casos de maus-tratos, e destes 63 notificaram ao menos um caso. A maioria revelou medo de envolver-se legalmente, apresentou nível suficiente de conhecimento e baixo grau de confiança nos órgãos de proteção à criança. Conhecimento insuficiente (OR = 3,94), trabalhar exclusivamente no setor privado (OR = 6,33) foram fatores associados a não notificação. Após ajustes, o conhecimento insuficiente foi significativamente associado com o resultado OR = 5,06 (IC95% = 1,45 - 17,59). CONCLUSÕES: verificou-se uma alta taxa de identificação e notificação, pelo pediatra, de maus-tratos infantis. Programas de educação continuada, melhoria dos serviços de proteção, suporte técnico profissional para o setor privado podem aumentar a taxa de identificação e notificação de maus-tratos.<br>OBJECTIVES: to determine factors interfering with the reporting of child abuse by pediatricians to children protection services. METHODS: cross sectional observation study. A random sample of pediatricians from Porto Alegre was selected among the 990 registered in the local pediatrician's society. Social and demographic variables, professional background, knowledge concerning child abuse were obtained through the application of anonymous questionnaires. Descriptive and multivariate analyses were utilized to determine factors associated to the failure in reporting. RESULTS: ninety seven pediatricians were selected and 92 agreed to participate of the study. Of these, 80 (86.9%) identified some case of child abuse, and 63 (78.7%) reported at least one case. The majority of pediatricians admitted fear of legal involvement, demonstrated adequate knowledge of the issue and low confidence in child protection entities. Insufficient knowledge (OR = 3.94), working exclusively in the private sector (OR = 6.33) were the factors associated to the failure in reporting. Following adjustments, insufficient knowledge was significantly associated to result OR = 5.06 (95%CI = 1.45 - 17.59). CONCLUSIONS: a high rate of identification and reporting of child abuse through pediatricians was determined. Continuous education programs, improvement of protection services, professional support to the private sector could increase child abuse identification and reporting. |
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spelling | doaj.art-76cf561a4f6d4d4794b8c28fb03328652022-12-21T18:14:47ZengInstituto Materno Infantil de PernambucoRevista Brasileira de Saúde Materno Infantil1519-38291806-93042005-03-015110310810.1590/S1519-38292005000100013Barreiras, para a notificação pelo pediatra, de maus-tratos infantis Barriers for reporter of child abuse by pediatriciansJoelza M. PiresMarcelo Zubaran GoldaniElisabeth M. VieiraTiago R. NavaLetícia FeldensKelly CastilhosVinícius SimasNúbia S. FranzonOBJETIVOS: determinar os fatores que interferem na notificação de maus-tratos infantis, pelos pediatras, aos serviços de proteção à criança. MÉTODOS: estudo observacional transversal. Uma amostra aleatória de pediatras de Porto Alegre foi selecionada entre 990 inscritos na sociedade de pediatria local. Variáveis sócio-demográficas, formação profissional, conhecimento diante de casos de maus-tratos infantis foram obtidos através de questionário anônimo. Análises descritiva e multivariada foram utilizadas para determinar os fatores associados a não notificação. RESULTADOS: foram incluídos 97 pediatras dos quais 92 concordaram em participar do estudo. Oitenta identificaram casos de maus-tratos, e destes 63 notificaram ao menos um caso. A maioria revelou medo de envolver-se legalmente, apresentou nível suficiente de conhecimento e baixo grau de confiança nos órgãos de proteção à criança. Conhecimento insuficiente (OR = 3,94), trabalhar exclusivamente no setor privado (OR = 6,33) foram fatores associados a não notificação. Após ajustes, o conhecimento insuficiente foi significativamente associado com o resultado OR = 5,06 (IC95% = 1,45 - 17,59). CONCLUSÕES: verificou-se uma alta taxa de identificação e notificação, pelo pediatra, de maus-tratos infantis. Programas de educação continuada, melhoria dos serviços de proteção, suporte técnico profissional para o setor privado podem aumentar a taxa de identificação e notificação de maus-tratos.<br>OBJECTIVES: to determine factors interfering with the reporting of child abuse by pediatricians to children protection services. METHODS: cross sectional observation study. A random sample of pediatricians from Porto Alegre was selected among the 990 registered in the local pediatrician's society. Social and demographic variables, professional background, knowledge concerning child abuse were obtained through the application of anonymous questionnaires. Descriptive and multivariate analyses were utilized to determine factors associated to the failure in reporting. RESULTS: ninety seven pediatricians were selected and 92 agreed to participate of the study. Of these, 80 (86.9%) identified some case of child abuse, and 63 (78.7%) reported at least one case. The majority of pediatricians admitted fear of legal involvement, demonstrated adequate knowledge of the issue and low confidence in child protection entities. Insufficient knowledge (OR = 3.94), working exclusively in the private sector (OR = 6.33) were the factors associated to the failure in reporting. Following adjustments, insufficient knowledge was significantly associated to result OR = 5.06 (95%CI = 1.45 - 17.59). CONCLUSIONS: a high rate of identification and reporting of child abuse through pediatricians was determined. Continuous education programs, improvement of protection services, professional support to the private sector could increase child abuse identification and reporting.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1519-38292005000100013Maus-tratos infantisViolência domésticaNotificação de abusoChild abuseDomestic violenceMandatory reporting |
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