Ciência, televisão e adolescentes: um estudo comparativo entre França e Brasil

Resumo Neste artigo, apresentamos um estudo de caráter qualitativo, cujo objetivo foi comparar a percepção de adolescentes do Rio de Janeiro e de Paris sobre a ciência e a imagem do cientista. A proposta de comparar os jovens cariocas e parisienes baseia-se no fato de que há similaridades entre Bras...

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Main Authors: Vanessa Brasil de Carvalho, Luisa Massarani, Mônica Macedo-Rouet
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de São Paulo, Faculdade de Educação
Series:Educação e Pesquisa
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Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-97022019000100591&tlng=pt
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spelling doaj.art-77490815b8924cda99f00e289a35ebf92023-09-02T22:39:06ZengUniversidade de São Paulo, Faculdade de EducaçãoEducação e Pesquisa1678-463410.1590/s1678-4634201945213888Ciência, televisão e adolescentes: um estudo comparativo entre França e BrasilVanessa Brasil de CarvalhoLuisa MassaraniMônica Macedo-RouetResumo Neste artigo, apresentamos um estudo de caráter qualitativo, cujo objetivo foi comparar a percepção de adolescentes do Rio de Janeiro e de Paris sobre a ciência e a imagem do cientista. A proposta de comparar os jovens cariocas e parisienes baseia-se no fato de que há similaridades entre Brasil e França no que se refere à função social da TV e o consumo midiático de informações de ciência, porém divergências no processo de institucionalização da ciência em ambos os países. Para esta comparação, realizamos oito grupos focais, sendo quatro em cada cidade, buscando jovens de classes sociais diferenciadas. Como suscitadores de discussão, utilizamos materiais de diversos gêneros televisivos com conteúdos científicos. Os resultados indicam que jovens do Brasil e da França apresentam similaridades quanto ao processo de construção de sentido em torno da ciência. Eles destacam pontos de vista ponderados e articulados sobre a questão da ética na atividade científica, a presença da ciência na televisão e a participação de homens e mulheres no meio acadêmico. Em especial, os alunos cariocas de escolas particulares e os parisienses em geral se assemelham com maior recorrência. Quanto à representação dos cientistas, houve mais divergência. Os brasileiros compreendem que o estereótipo tradicional do “cientista maluco” é ancorado na realidade e alguns cientistas da vida real apresentam características próximas ou semelhantes a essa imagem. Em contrapartida, os franceses percebem que este estereótipo é uma caricatura, que visa o entretenimento, e pouco se aproxima da realidade.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-97022019000100591&tlng=ptPercepção pública da ciênciaTelevisãoAdolescentesFrançaBrasil
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