Sistema mundial, América do Sul, África e “potências emergentes”

Este artigo articula algumas idéias sobre a dinâmica do sistema mundial e a conjuntura internacional, analisando a posição do Brasil nesse universo e as suas relações com as chamadas “potências emergentes”. Parte-se de uma hipótese histórica, de longo prazo, sobre a gênese do “sistema inter-estatal...

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Main Author: José Luis da Costa Fiori
Format: Article
Language:English
Published: Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) 2010-03-01
Series:RECIIS
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Online Access:https://www.reciis.icict.fiocruz.br/index.php/reciis/article/view/692
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spelling doaj.art-777a12644de741188733bc8cb895c1692022-12-22T03:25:23ZengInstituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict) da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)RECIIS1981-62782010-03-014110.3395/reciis.v4i1.692Sistema mundial, América do Sul, África e “potências emergentes”José Luis da Costa Fiori0Universidade Federal do Rio de Janeiro, Núcleo de Estudos Internacionais, Ilha do Fundão, Rio de Janeiro, RJ, BrasilEste artigo articula algumas idéias sobre a dinâmica do sistema mundial e a conjuntura internacional, analisando a posição do Brasil nesse universo e as suas relações com as chamadas “potências emergentes”. Parte-se de uma hipótese histórica, de longo prazo, sobre a gênese do “sistema inter-estatal capitalista”, desde sua formação, na Europa, durante o “longo século XIII”, até o início do século XXI. Analisa-se também, nessa mesma perspectiva teórica, a nova inserção da América do Sul (e do Brasil) nesse sistema mundial, assim como a da África, e as relações entre o Brasil, a África do Sul, a China e a Índia. Argumenta-se que o atual “sistema político?econômico mundial” não foi uma obra espontânea, nem diplomática, e muito uma construção exclusiva do mercado. É resultado da ação de uma verdadeira “máquina de acumulação de poder e de riqueza” – os estados-economias nacionais – criada pelos europeus e que se universalizou pelo mundo ao longo dos séculos, alimentada pelas guerras. Conclui-se que qualquer discussão sobre o futuro desse sistema mundial tem que levar em consideração essa dinâmica ao mesmo tempo destrutiva e criadora, que tem como premissas constitutivas a não estabilidade e a permanente busca por mais poder e mais riqueza. Reconhece-se ainda um retorno da “questão social”, junto com a “questão nacional”, e uma maior densidade material e política nas relações Sul-Sul, que podem re-desenhar a economia política do sistema mundial.https://www.reciis.icict.fiocruz.br/index.php/reciis/article/view/692sistema político-econômico mundialconjuntura internacionalpotências emergentesAmérica do SulÁfricarelações Brasil-China-India-África do Sul
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