Revisão sobre o uso da terapia cognitiva-comportamental na prevenção de recaídas e recorrências depressivas: a review

OBJETIVO: Fazer um levantamento das teorias e revisar as evidências existentes sobre o papel da terapia cognitiva-comportamental (TCC) na prevenção de recaídas e recorrências de episódios depressivos. MÉTODO: Revisão dos ensaios clínicos randomizados e controlados que investigam a eficácia da TCC na...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Alexander Moreira de Almeida, Francisco Lotufo Neto
Format: Article
Language:English
Published: Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP) 2003-10-01
Series:Brazilian Journal of Psychiatry
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-44462003000400011&tlng=pt
Description
Summary:OBJETIVO: Fazer um levantamento das teorias e revisar as evidências existentes sobre o papel da terapia cognitiva-comportamental (TCC) na prevenção de recaídas e recorrências de episódios depressivos. MÉTODO: Revisão dos ensaios clínicos randomizados e controlados que investigam a eficácia da TCC na prevenção de recaídas e/ou recorrências depressivas. As bases de dados consultadas foram o Medline, Lilacs, Cochrane, Biosis e a Embase. Foram verificadas as referências bibliográficas dos artigos selecionados, de artigos de revisão e de livros sobre o tema. RESULTADOS: Foram encontrados 15 estudos de desenhos heterogêneos e vários deles com problemas metodológicos. A maioria comparou o uso de TCC e antidepressivos apenas na fase aguda. Em 12 deles a TCC diminuiu a taxa de recorrência/recaídas de modo estatisticamente significativo. As publicações mais recentes apontam para a utilidade da TCC nos sintomas depressivos residuais como estratégia preventiva de recorrências. CONCLUSÕES: A TCC mostrou-se eficaz na redução de recaídas depressivas, mas ainda precisam ser mais bem investigadas sua eficácia em relação ao uso de antidepressivos e qual estratégia de TCC (seu uso apenas na fase aguda, na fase aguda e manutenção, na manutenção após antidepressivo na fase aguda ou o enfoque nos sintomas residuais após antidepressivo na fase aguda) é mais eficaz para cada tipo de paciente.
ISSN:1809-452X