O que (não) há de “complexo” no comportamento? Behaviorismo radical, self, insight e linguagem

Resumo Uma crítica comum encontrada em manuais e livros didáticos de psicologia é que a análise do comportamento não seria capaz de explicar fenômenos psicológicos complexos. Estes seriam melhor abordados por explicações cognitivistas baseadas em mecanismos internos ao organismo. Este ensaio tem com...

Full description

Bibliographic Details
Main Authors: Diego Zilio, Hernando Neves Filho
Format: Article
Language:English
Published: Universidade de São Paulo
Series:Psicologia USP
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65642018000300007&lng=en&tlng=en
_version_ 1819181792842743808
author Diego Zilio
Hernando Neves Filho
author_facet Diego Zilio
Hernando Neves Filho
author_sort Diego Zilio
collection DOAJ
description Resumo Uma crítica comum encontrada em manuais e livros didáticos de psicologia é que a análise do comportamento não seria capaz de explicar fenômenos psicológicos complexos. Estes seriam melhor abordados por explicações cognitivistas baseadas em mecanismos internos ao organismo. Este ensaio tem como objetivo avaliar a pertinência dessa crítica à luz de exemplos da literatura analítico-comportamental. A partir da análise de pesquisas que tratam de formação de self, insight e linguagem, argumenta-se que a “complexidade” foi importada para os laboratórios de análise do comportamento, assim como floresceu em diversas linhas de pesquisa de tradição behaviorista radical. Em adição, são discutidos cinco significados possíveis dados à “complexidade” extraídos da literatura consultada. Conclui-se que não há significado útil do termo e que, por essa razão, talvez seja pertinente abandoná-lo como critério de classificação de comportamentos. Como consequência, “comportamento complexo” seria simplesmente “comportamento” e nada mais.
first_indexed 2024-12-22T22:35:52Z
format Article
id doaj.art-786fa3de6a864c47aab280adc3d261f4
institution Directory Open Access Journal
issn 1678-5177
language English
last_indexed 2024-12-22T22:35:52Z
publisher Universidade de São Paulo
record_format Article
series Psicologia USP
spelling doaj.art-786fa3de6a864c47aab280adc3d261f42022-12-21T18:10:19ZengUniversidade de São PauloPsicologia USP1678-517729337438410.1590/0103-656420170027S0103-65642018000300007O que (não) há de “complexo” no comportamento? Behaviorismo radical, self, insight e linguagemDiego ZilioHernando Neves FilhoResumo Uma crítica comum encontrada em manuais e livros didáticos de psicologia é que a análise do comportamento não seria capaz de explicar fenômenos psicológicos complexos. Estes seriam melhor abordados por explicações cognitivistas baseadas em mecanismos internos ao organismo. Este ensaio tem como objetivo avaliar a pertinência dessa crítica à luz de exemplos da literatura analítico-comportamental. A partir da análise de pesquisas que tratam de formação de self, insight e linguagem, argumenta-se que a “complexidade” foi importada para os laboratórios de análise do comportamento, assim como floresceu em diversas linhas de pesquisa de tradição behaviorista radical. Em adição, são discutidos cinco significados possíveis dados à “complexidade” extraídos da literatura consultada. Conclui-se que não há significado útil do termo e que, por essa razão, talvez seja pertinente abandoná-lo como critério de classificação de comportamentos. Como consequência, “comportamento complexo” seria simplesmente “comportamento” e nada mais.http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65642018000300007&lng=en&tlng=enbéhaviorisme radicalcognitivismemetathéoriecomportement complexe
spellingShingle Diego Zilio
Hernando Neves Filho
O que (não) há de “complexo” no comportamento? Behaviorismo radical, self, insight e linguagem
Psicologia USP
béhaviorisme radical
cognitivisme
metathéorie
comportement complexe
title O que (não) há de “complexo” no comportamento? Behaviorismo radical, self, insight e linguagem
title_full O que (não) há de “complexo” no comportamento? Behaviorismo radical, self, insight e linguagem
title_fullStr O que (não) há de “complexo” no comportamento? Behaviorismo radical, self, insight e linguagem
title_full_unstemmed O que (não) há de “complexo” no comportamento? Behaviorismo radical, self, insight e linguagem
title_short O que (não) há de “complexo” no comportamento? Behaviorismo radical, self, insight e linguagem
title_sort o que nao ha de complexo no comportamento behaviorismo radical self insight e linguagem
topic béhaviorisme radical
cognitivisme
metathéorie
comportement complexe
url http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0103-65642018000300007&lng=en&tlng=en
work_keys_str_mv AT diegozilio oquenaohadecomplexonocomportamentobehaviorismoradicalselfinsightelinguagem
AT hernandonevesfilho oquenaohadecomplexonocomportamentobehaviorismoradicalselfinsightelinguagem