Summary: | As transformações econômicas e socioculturais em curso tendem a aprofundar a crise de legitimidade de políticas púbicas que optam por medidas de controle e integração juvenil, devido à crença no efeito dissuasivo da intimidação criminal e recomendação moral à aprendizagem de profissões subalternas. O objetivo analítico deste artigo é indagar até que ponto a atual política de proibição às drogas e de inserção juvenil no mercado de trabalho reforçam a continuidade de ações oficiais de recorte classista e etiquetadora, seja porque subestimam a influência cultural do capitalismo avançado na construção dos planos de vida da juventude pobre, seja porque não consideram como legítimos a existência de espaços democráticos autônomos para que os próprios jovens formulem e encaminhem soluções aos problemas que lhes dizem respeito.
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