Amigdalofaringite aguda - Proposta de abordagem baseada na evidência
Objectivos: revisão da metodologia para efectuar o diagnóstico da amigdalofaringite aguda estreptocócica (AFAE) face ao quadro clínico de infecção aguda da orofaringe; revisão das recomendações terapêuticas para aquela doença infecciosa. Métodos: pesquisa, medline, online e manual, dos artigos...
Main Authors: | , |
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Format: | Article |
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Published: |
Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar
2002-11-01
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Series: | Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar |
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author | Paula Mourão Raquel Mateus Palma |
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Objectivos: revisão da metodologia para efectuar o diagnóstico da amigdalofaringite aguda estreptocócica (AFAE) face ao quadro clínico de infecção aguda da orofaringe; revisão das recomendações terapêuticas para aquela doença infecciosa.
Métodos: pesquisa, medline, online e manual, dos artigos publicados nas revistas médicas nos últimos cinco anos.
Descritores utilizados: sore throat, pharyngitis, tonsillitis, management, diagnosis, treatment, antibiotics.
Conclusões: As características clínicas utilizadas isoladamente não permitem distinguir de forma adequada a infecção estreptocócica das causadas por outros agentes. Os scores clínicos aumentam a acuidade diagnóstica, ao identificar o grupo de doentes com baixo risco de infecção e ao permitir o aumento da sensibilidade diagnóstica nas crianças, grupo onde a febre reumática é mais frequente. A maioria dos autores defende que, antes de iniciar antibiótico, se deve testar a presença de estreptococos do grupo A na orofaringe, através de exame cultural ou de teste rápido para detecção do antigénio. Admitem a possibilidade de iniciar antibioterapia empiricamente quando for obtida a pontuação máxima no score clínico. A penicilina G benzatínica, em dose única intramuscular, continua a ser o tratamento de eleição da AFAE. Nos alérgicos, e só nesses, usar a eritromicina. Alternativas ao tratamento de primeira linha, sobretudo na AFAE recorrente, poderão ser (por ordem decrescente de preferência): amoxicilina (isolada ou em associação com ácido clavulânico), cefalosporinas de primeira geração e novos macrólidos.
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publisher | Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar |
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spelling | doaj.art-7a17a76504ed41918164d738b8293e612024-03-20T14:10:47ZengAssociação Portuguesa de Medicina Geral e FamiliarRevista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar2182-51812002-11-0118610.32385/rpmgf.v18i6.9896Amigdalofaringite aguda - Proposta de abordagem baseada na evidênciaPaula Mourão0Raquel Mateus Palma1Assistente Eventual de Clínica Geral Centro de Saúde de Rio de MouroInterna do Internato Complementar de Clínica Geral da Zona Sul Centro de Saúde da Póvoa de Santa Iria, Unidade de Saúde de Vialonga Objectivos: revisão da metodologia para efectuar o diagnóstico da amigdalofaringite aguda estreptocócica (AFAE) face ao quadro clínico de infecção aguda da orofaringe; revisão das recomendações terapêuticas para aquela doença infecciosa. Métodos: pesquisa, medline, online e manual, dos artigos publicados nas revistas médicas nos últimos cinco anos. Descritores utilizados: sore throat, pharyngitis, tonsillitis, management, diagnosis, treatment, antibiotics. Conclusões: As características clínicas utilizadas isoladamente não permitem distinguir de forma adequada a infecção estreptocócica das causadas por outros agentes. Os scores clínicos aumentam a acuidade diagnóstica, ao identificar o grupo de doentes com baixo risco de infecção e ao permitir o aumento da sensibilidade diagnóstica nas crianças, grupo onde a febre reumática é mais frequente. A maioria dos autores defende que, antes de iniciar antibiótico, se deve testar a presença de estreptococos do grupo A na orofaringe, através de exame cultural ou de teste rápido para detecção do antigénio. Admitem a possibilidade de iniciar antibioterapia empiricamente quando for obtida a pontuação máxima no score clínico. A penicilina G benzatínica, em dose única intramuscular, continua a ser o tratamento de eleição da AFAE. Nos alérgicos, e só nesses, usar a eritromicina. Alternativas ao tratamento de primeira linha, sobretudo na AFAE recorrente, poderão ser (por ordem decrescente de preferência): amoxicilina (isolada ou em associação com ácido clavulânico), cefalosporinas de primeira geração e novos macrólidos. https://rpmgf.pt/ojs/index.php/rpmgf/article/view/9896AmigdalofaringiteDiagnósticoTerapêutica |
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