Características e prevalência do pterígio em comunidades ribeirinhas dos Rios Solimões e Japurá localizados na Amazônia Brasileira

OBJETIVO: Avaliar a prevalência e as características do pterígio em comunidades ribeirinhas dos rios Solimões e Japurá, estado do Amazonas, Brasil. MÉTODOS: Foi realizado um estudo observacional, em comunidades ribeirinhas dos rios Solimões e Japurá. Os dados foram coletados por dois avaliadores em...

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Bibliographic Details
Main Authors: Lívia Adnet Martins Ribeiro, Luiz Felipe Guaraná Martins Ribeiro, Paulo Roberto de Azevedo Castro, Fílicio Doné Lima da Silva, Verônika Maria Weyll Adnet Martins Ribeiro, Arlindo José Freire Portes, Abelardo de Souza Couto Junior
Format: Article
Language:English
Published: Sociedade Brasileira de Oftalmologia 2011-12-01
Series:Revista Brasileira de Oftalmologia
Subjects:
Online Access:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-72802011000600004&lng=en&tlng=en
Description
Summary:OBJETIVO: Avaliar a prevalência e as características do pterígio em comunidades ribeirinhas dos rios Solimões e Japurá, estado do Amazonas, Brasil. MÉTODOS: Foi realizado um estudo observacional, em comunidades ribeirinhas dos rios Solimões e Japurá. Os dados foram coletados por dois avaliadores em três expedições médico oftalmológicas, num período de 9 meses, que abrangeram 55 comunidades ribeirinhas, totalizando 1295 pacientes examinados, sendo 659 maiores de 18 anos. Os portadores de pterígio foram analisados através de um questionário abrangendo sexo, idade e atividade laborativa ao sol ou não. O tamanho da lesão foi quantificado em graus. RESULTADOS: A prevalência do pterígio na população geral foi de 21.2%. A prevalência entre os maiores de 18 anos foi de 41.1%. A faixa etária mais acometida foi a de 41 a 50 anos. Dos portadores, 42.2% eram do sexo feminino e 57.8% do sexo masculino. 89.5% dos pacientes acometidos pela lesão trabalhavam ao ar livre. Dos portadores, 75.6% apresentavam acometimento de ambos os olhos. Dos pacientes acometidos, 48.7% possuíam pterígio grau 2, 44.0% apresentavam a lesão de grau 1, 5.4% de grau 3 e 1.8% de grau 4. Dos olhos acometidos, 85.0% apresentavam somente pterígio nasal, 2.9% apresentavam somente pterígio temporal e 14.5% apresentavam pterígio temporal e nasal. CONCLUSÃO: Nosso estudo, nos rios Solimões e Japurá, revelou a existência de uma das maiores taxas de pterígio do mundo, em uma região que nunca havia sido avaliada.
ISSN:1982-8551